IntroduçãoAtualmente observa-se um incremento do número de pessoas que sofrem com problemas na coluna vertebral, como a ocorrência de dor e de alterações posturais (KENDALL et al., 2007). Tem sido relatado que estes problemas estão associados com baixa auto-estima, redução da qualidade de vida, limitação funcional (HINMAN, 2004, DIEEN et al., 2003 e, principalmente, relacionados a fatores estressores e externos na vida diária dos indivíduos, especialmente aqueles cujas atividades cotidianas exigem um longo período em posição sentada (CARNEIRO et al., 2005; CANDOTTI, NOLL e CRUZ, 2010).Para realizar a avaliação das alterações posturais da coluna vertebral tradicionalmente são utilizados métodos de avaliação indiretos e diretos (D'OSUALDO et al., 1997). O método indireto mais utilizado entre os fisioterapeutas é a avaliação postural, que corresponde a uma análise visual qualitativa, dependente da experiência palpatória do avaliador e que não permite a quantificação em graus das alterações da coluna vertebral (TRIBASTONE, 2000;FALCÃO et al., 2007), tornando-se, então, um método de avaliação subjetivo e limitado. Portanto, muitas vezes há necessidade da utilização de métodos de avaliação diretos que Motriz, Rio Claro, v.19 n.2, p.243-251, abr./jun. 2013 Artigo Original Avaliação da qualidade de vida, da dor nas costas, da funcionalidade e de alterações da coluna vertebral de estudantes de fisioterapia
Assessment of quality of life, back pain, functionality and changes of the spine of physical therapy studentsAbstract: The objective was to evaluate the quality of life, back pain, function and the changes of the spine of physical therapy students. 42 students participated in this study. We assessed the spine through the arcometer, back pain using a multidimensional pain questionnaire, quality of life using the SF-36 and feature from the Roland-Morris. Descriptive statistics and chi-square test (α = 0.05) was performed. The results demonstrated a prevalence of changes in curvatures of the spine 38,1% (n =16), high prevalence of back pain (69%, n = 29), low prevalence of impaired functionality (3.4%, n = 1), there is no association between changes in the curvatures of the spine and back pain and functionality, and SF-36 domain scores were higher than 45, except in "pain" area (score = 35). Conclusion: the lower the levels of pain intensity level, best the quality of life.