“…Se esse processo presume, por um lado, um caminho padrão, de etapas burocrático-legais, desde o trabalho inicial de agentes externos na mobilização de tais grupos, na abertura dos processos de reconhecimento, na elaboração de laudos antropológicos, até a ponta almejada da titulação de suas terras, ele, por outro lado, também apresenta uma dimensão prática, de autoconstrução, que se relaciona à elaboração e consolidação das marcas do grupo como quilombolas para fora e para si mesmos. 2 Por exemplo, Soares et al (2022) apresentaram uma comunidade com sentimentos de baixa coesão e fraca identidade, na qual os líderes projetavam na escola pública quilombola um papel central na construção da identidade comunitária.…”