2017
DOI: 10.1590/s1413-24782017226802
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Descolonizar os livros didáticos: raça, gênero e colonialidade nos livros de educação do campo

Abstract: RESUMODescolonizar o pensamento é uma luta fundamental dos movimentos de educação do campo, é um modo de resistência e re-existência de saberes e modos de vida. Considerando que a subalternização dos saberes do campo é produzida pelo monopólio e visibilidade do saber euro-ocidental, assim como pela desqualificação e invisibilização do saber campesino, este artigo se debruça sobre os livros do Programa Nacional dos Livros Didáticos (PNLD) de educação no campo, atentando para os conhecimentos e modos de vida que… Show more

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“…Ao falarmos de produção de conhecimento, temos abordagens em materiais didáticos, como o utilizado anteriormente, que se referenciam num padrão euro-ocidental para propor atividades de alfabetização. Na ordem desenvolvimentista euro-ocidental, todos aqueles que se encontram fora desses padrões são tratados como subdesenvolvidos ou ultrapassados, expressando o quanto o sentido do desenvolvimento está conectado com a ordem euro-ocidental, destruindo identidades culturais, na medida em que impõe prioridades culturais como desculpa para civilizar os povos (OLIVEIRA, 2017). Desse modo, a colonialidade é uma forma de relação social que se mantém mesmo após o fim da colonização enquanto processo político, afetando todas as dimensões da vida social, entre elas, a educação e a alfabetização das novas gerações.…”
Section: O Lugar Como Experiência Intercultural De Letramentounclassified
“…Ao falarmos de produção de conhecimento, temos abordagens em materiais didáticos, como o utilizado anteriormente, que se referenciam num padrão euro-ocidental para propor atividades de alfabetização. Na ordem desenvolvimentista euro-ocidental, todos aqueles que se encontram fora desses padrões são tratados como subdesenvolvidos ou ultrapassados, expressando o quanto o sentido do desenvolvimento está conectado com a ordem euro-ocidental, destruindo identidades culturais, na medida em que impõe prioridades culturais como desculpa para civilizar os povos (OLIVEIRA, 2017). Desse modo, a colonialidade é uma forma de relação social que se mantém mesmo após o fim da colonização enquanto processo político, afetando todas as dimensões da vida social, entre elas, a educação e a alfabetização das novas gerações.…”
Section: O Lugar Como Experiência Intercultural De Letramentounclassified
“…Isso justifica a visão de superioridade europeia, em detrimento da que prioriza a identidade nacional, que é repassada por meio dos livros didáticos. Para a pesquisadora, como desafios de superação na tentativa de mudar o acervo dos livros didáticos, faz-se necessário descolonizar primeiramente os discursos históricos e posteriormente as imagens, ideias de desenvolvimento, consumo, pobreza e, por fim, a literatura de referência (Oliveira, 2017).…”
Section: Situando O Lócus Do Estudo: No Ceará Tem Disso Sim!unclassified
“…Há um processo civilizatório racista no qual o Boletim de Eugenia se insere na estrutura como um dos elementos de consolidação desse poder. Se outrora eram essas publicações que reverenciavam o lugar do branco como ser superior, ao passar dos anos, se a Eugenia cai em descrédito (pelo menos explicitamente) e publicações desse tipo não são mais produzidas, os livros didáticos, em muitas ocasiões, persistem com as mesmas representações de inferioridade associadas às populações racializadas como não-brancas (Oliveira, 2003;Oliveira, 2017;Silva, 2011).…”
Section: Educação Sexual: Quem Tem O Direito De Nascer?unclassified