A crise dos lugares de memória e dos espaços identitários no contexto da modernidade: questões para o ensino de história

Abstract

RESUMOEsta pesquisa discute os impactos da modernidade e suas diferentes dimensões culturais para o ensino da história tomando como base a leitura da realidade encontrada nos diferentes contextos da escola de educação básica da contemporaneidade brasileira. Discutimos como as redefinições dos modelos que orientam o ensino da história -antes pautados em memorizações, linearidades e heroicizações -hoje apresentam novos problemas, como a crise da memória, das identidades e da desvalorização (ou esquecimentos) dos lugares de memória (Nora, 1993) produzidos historicamente pelos diferentes grupos sociais, que passam a não mais reconhecer esses espaços como representantes de seu passado. A pesquisa insere-se no campo das discussões sobre os impactos sociais da modernidade líquida (Bauman, 2003) e procura desvendar como as transformações ocorridas na sociedade atual produziram novas formas de (re)pensar o passado. PALAVRAS-CHAVE modernidade; ensino de história; lugares de memória.

Estudos Científicos sobre a obra “Modernidade Líquida” de Zygmunt Bauman

“…Em 11 das pesquisas (Alvarez-Rincon, 2019;Gonçalves, 2019;Henao, 2018;Halas, 2016;Lemos & da Silva, 2016;Baliscei et al, 2016;Villasenor, 2015;Palese, 2013;Ybema et al, 2009;Núñez Ladevéze et al, 2020;Ostrovskaya et al, 2015) não foram identificadas sugestões para pesquisas futuras, apenas nas pesquisas dos autores Rangel & Rangel, 2020;Grimaldi et al, 2019;Beilharz, 2017;de Oliveira & Sancho, 2015;Gevehr, 2016;Beck, 2002…”

“…Mídias sociais é o assunto mais apontado pelos autores como um ator de mudanças na identidade e sociedade (Rangel & Rangel, 2020;Alvarez-Rincon, 2019;Grimaldi et al, 2019;Ostrovskaya et al, 2015;Marin, 2015;Villasenor, 2015;Palese, 2013;Núñez Ladevéze et al, 2020;Gevehr, 2016), seguido do individualismo (Beilharz, 2017;Palese, 2013;Ybema et al, 2009;Núñez Ladevéze et al, 2020;Ostrovskaya et al, 2015;Beck, 2002;Villasenor, 2015) e das próprias mudanças sociais (Pejovic, 2018;Halas, 2016;Baliscei et al, 2016;Clegg, 2018;Lemos & da Silva, 2016;de Oliveira & Sancho, 2015;Goncalves, 2019). O consumo tem a menor quantidade de citações pelos autores, mas sem perder sua relevância no assunto (Rangel & Rangel, 2020;Palese, 2013;Núñez Ladevéze et al, 2020;Alvarez-Rincon, 2019;Henao, 2018).…”

“…Muitos autores envolvem a modernidade líquida em seus objetivos(Alvarez-Rincon, 2019;Gonçalves, 2019;Henao, 2018;Beilharz, 2017; Halas, 2016; Lemos & da Silva, 2016;Baliscei et al, 2016; de Oliveira & Sancho, 2015;Palese, 2013;Núñez Ladevéze et al, 2020;Gevehr, 2016). O objetivode Grimaldi et al (2019) problematiza a disseminação e preservação da memória social; Alvarez-Rincon (2019) determina o impacto da vida líquida sobre mudança de valores e consumo;Marin (2015) analisa a comunidade escolar; e Núñez Ladevéze et al (2020) examinam a mudança da modernidade da fase sólida para a líquida.…”

TDICs e ensino de História: potencializando as pinturas de Sr. Guigui como fontes para o estudo da história de Itumbiara.

“…(NEVES, 1998, A compreensão de que um objeto pode transpor a tênue linha na relação entre passado e presente, na medida em que este remete a uma gama de novas lembranças, recorre também a ideia de que os lugares de memória fomentam o estudo do passado, mas que precisam interagir com o presente. Os lugares de memória, e da mesma forma, os objetos e as imagens disparadoras de memória não devem ser compreendidos como algo alheio, distante e desprovido de significado (GEVEHR, 2016). Eles têm papel relevante na construção da identidade coletiva.…”

Quiva E Laiá: Protagonismo Indígena Nas Aulas De História Através De Uma Narrativa Da Cidade De Itaguaí/Rj

“…Com isso, esses sujeitos passam a reconhecer sua cultura também como resultado de interesses, de ideologias e do poder de determinados grupos, que muitas vezes impõem sua cultura. (Gevehr, 2016, p. 949) Para Daniel Luciano Gevehr (2016), portanto, no ensino de história, os lugares de memória são percebidos como "potencializadores de uma história crítica." (p.960) Através deles, sugere esse autor, os alunos podem reconhecer as disputas de poder que, frequentemente, são manifestadas por meio de disputas pela memória.…”