RESUMO -Os corantes presentes nos efluentes das indústrias causam inúmeros danos ao ambiente onde é liberado. Desse modo, as indústrias buscam uma forma econômica e sustentável de fazer o tratamento de forma eficaz. O objetivo deste trabalho foi estudar a influência da temperatura na remoção do azul de metileno, considerado como adsorbato modelo, utilizando bagaço de malte in natura moído a 40 mesh. Utilizou-se a bagaço de malte na granulometria de 40 mesh. O experimento foi realizado nas temperaturas de 25, 35 e 45ºC e o pH da solução de corante foi de 6,65. Os resultados foram analisados estatisticamente por análise de variância (ANOVA) e teste Tukey, com teste de confiabilidade em torno de 95%. Observou-se que houve diferença estatisticamente significativa entre as diferentes temperaturas. Os experimentos conduzidos a 25°C e 35°C resultaram em remoção acima de 95% de corante, ao passo que à temperatura de 45ºC foi obtida uma remoção inferior. Isto demonstra que é possível obter uma remoção significativa nas temperaturas de 35°C e na temperatura ambiente de 25°C, possibilitando um custo menor para aplicações na remoção do corante.
INTRODUÇÃOA presença de corantes nos corpos hídricos afeta a coloração da água resultando na redução da penetração de luz (Alkan et al., 2008), diminuindo assim a eficiência da fotossíntese em plantas aquáticas e, portanto, gerando um efeito adverso no seu crescimento (Al-Degs et al., 2000).As indústrias têxteis são as principais responsáveis pela presença de corantes no meio ambiente, visto que, mais de 60% dos corantes produzidos mundialmente são utilizados no beneficiamento têxtil e, deste total, em consequência das perdas do processo, mais da metade acaba sendo despejada em corpos d'água sem nenhum tipo de tratamento afirmou Khadhraoui et al., (2009). Oliveira et al. (2013 concluiu que apesar do azul de metileno não ser tóxico quanto à presença de metais pesados, a exposição aguda pode causar efeitos prejudiciais à saúde como aumento do batimento cardíaco, dor de cabeça intensa, náuseas, vômitos, diarreia e necrose do tecido humano. Muitos métodos físicos e químicos são empregados para o tratamento de efluentes contendo corantes, tais como, adsorção, eletroquímica, precipitação, filtração, ozonização entre outros, sendo, no entanto, a adsorção o processo de tratamento mais utilizado.