“…Dentre esses resultados, elencamos aquele que é o eixo orientador da investigação: a relação entre modernização e relações raciais, em três aspectos básicos: i) a relação entre industrialização, modernização e cultura tradicional negra; ii) o negro como agente da modernização em um contexto de racismo e pobreza; iii) a superação do racismo e desenvolvimento nacional. Essas questões apresentadas por Costa Pinto, com base em sólido debate intelectual e extensa pesquisa empírica, fortemente influenciados pela Escola de Chicago e determinada leitura do marxismo, reclamam uma atualização integrada e compreensiva para este nosso momento histórico atual, marcado tanto por transformações no campo das relações raciais, assim como em outros aspectos da vida social, o que talvez aponte para uma nova etapa da modernização no Brasil (e, em especial, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro) e que represente, porventura, maior democratização e alterações qualitativas nos padrões tradicionais de reprodução social, marcados por assimetrias e desigualdades (Souza, 2000;Câmara dos Deputados, 2000;Costa, 2002;Domingues, 1999;Guimarães, 2002;Hasenbalg & Silva, 1999;Maggie & Rezende, 2002;Schwarcz, 1999).…”