Dossiê Territórios e Paisagens de subjetivação
O que é bom para o lixo é bom para a poesia
Manoel de BarrosCidade. Povoação. Conjunto de Habitantes. Centro industrial e comercial. A parte Central. Cidade porto, cidade baixa, cidade universitária, cidade satélite...
Cidades.Toda e qualquer cidade é produto de redes de relações complexas que se atualizam e se transformam constantemente, tanto em sua dimensão concreta -cimento, tijolo, ferro, vidro, aço, madeira, pedra, areia, asfaltocomo na dimensão simbólica que a esta concreticidade se amalgama (PESAVENTO, 2008). Essas redes de relações são socialmente constituídas e compõem uma tessitura plural marcada por disputas, jogos de força, tensões e territorializações várias. Expressão e fundamento de relações sociais, toda e qualquer cidade se caracteriza ela mesma como rede, constituída e constituidora de seus habitantes que, nas intensas vivências com a polifonia urbana, forjam suas sensibilidades, os sentidos que imprimem ao seu entorno e a si mesmos, suas expectativas, desejos, sonhos, utopias, frustrações.A cidade vem sendo tomada ao longo da história da humanidade como objeto de discursos e imagens e é inspiração para artes várias. Vemos imagens da cidade na crônica "A arte de andar nas ruas do Rio de Janeiro", do romancista brasileiro Rubem Fonseca; com Edgar Allan Poe, em O homem da multidão; também as vemos nas músicas de Chico Buarque, como "Vai trabalhar, vagabundo" (1976)