Discursos sexistas no humorismo e na publicidade: A expressão pública, seus limites e os limites dos limites

Abstract

Dois episódios ocorridos em 2011, no Brasil, obtiveram notoriedade por colocar em rota de colisão a liberdade de expressão e o combate ao sexismo: uma piada do humorista Rafinha Bastos sobre estupro e uma propaganda de roupas íntimas na TV. O artigo discute os dois casos, reconstituindo a polêmica e os argumentos mobilizados pelas posições em conflito. Conclui que, em ambos os casos, restrições à expressão se justificam, mas por motivos diferentes: a incitação ao ódio, num caso, e o baixo valor social da publicidade comercial, no outro.

Crimes de ódio virtuais contra LGBT no Brasil: o Humaniza Redes como proteção estatal

“…Poderíamos listar aqui uma série de avanços que a democracia poderia ganhar a partir do Para um entendimento histórico do desenvolvimento da liberdade de expressão como um valor caro às democracias contemporâneas, recorremos a Miguel (2013). Segundo o cientista político, o primeiro grande tratado em defesa da liberdade de expressão foi a Areopagítica de John Milton (1999Milton ( [1644).…”

“…Periódicus,Salvador, n.10, v. 1, nov.2018Salvador, n.10, v. 1, nov. -abr.2019 -Revista de estudos indisciplinares em gêneros e sexualidades Publicação periódica vinculada ao Grupo de Pesquisa CUS, da Universidade Federal da Bahia -UFBA ISSN: 2358-0844 -Endereço: http://www.portalseer.ufba.br/index.php/revistaperiodicus~214~outra na utilidade coletiva. Mas é em Sobre a liberdadede John Stuart Mill (1991 [1859) que a liberdade de expressão se torna a pedra angular do liberalismo(MIGUEL, 2013).Mill estabelece em primeiro lugar "os limites da razão", ou seja, não temos como ter plena certeza da verdade. O liberal aponta que o espírito se fortalece pela discussão e pela experiência.…”