2001
DOI: 10.1590/s0104-83332001000100012
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Além do falo

Abstract: A partir de uma discussão sobre a impossibilidade de traduzir jouissance do francês para o inglês, que costuma utilizar em seu lugar a expressão sexual pleasure, Gallop apresenta a diferença estabelecida por Roland Barthes entre plaisir e jouissance, mais domesticada a primeira, mais selvagem a segunda. Passa depois a discutir a diferença entre falo e pênis na obra de Jacques Lacan e na da psicanalista lacaniana Eugénie Lemoine-Luccioni, para concluir que a posição lacaniana segundo a qual o falo é estritament… Show more

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“…Perguntamo-nos sobre o que a necessidade de nos mantermos ancorados nesse significante pode nos dizer sobre nossa área de conhecimento. Nas palavras de Jane Gallop (1988Gallop ( /2001:…”
Section: A Norma Do Falo E a Abjeção Da Mulher Na Psicanáliseunclassified
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“…Perguntamo-nos sobre o que a necessidade de nos mantermos ancorados nesse significante pode nos dizer sobre nossa área de conhecimento. Nas palavras de Jane Gallop (1988Gallop ( /2001:…”
Section: A Norma Do Falo E a Abjeção Da Mulher Na Psicanáliseunclassified
“…E enquanto os psicanalistas sustentarem a separabilidade ideal do falo em relação ao pênis, eles podem agarrar-se a seu falo e acreditar que seu discurso falocêntrico não precisa ter qualquer relação com a desigualdade sexual, nem qualquer relação com a política. (Gallop, 1988(Gallop, /2001) Butler (1993) acrescenta um argumento interessante quando afirma que o falo como conceito em Lacan é inseparável do pênis. Para Butler (1993), o falo simboliza também o pênis, porque o pênis torna-se a referência privilegiada a ser negada, isto é, o falo está sempre em relação ao pênis, mesmo quando ele o está pela recusa.…”
Section: A Norma Do Falo E a Abjeção Da Mulher Na Psicanáliseunclassified
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“…Em meio a tantas críticas que o psicanalista francês recebeu, gostaríamos de salientar aqui, pela relevância temática para este artigo, as discussões de Jane Gallop, Judith Butler, Márcia Arán e Patricia Porchat, que, cada uma a sua maneira, intervêm criticamente em relação às leituras de Lacan para apontar a permanência de concepções normativas em sua obra. Fazendo um apanhado de algumas das questões que elas levantam, podemos mencionar o problema irresoluto da distinção entre falo e pênis (Gallop, 1988(Gallop, /2001), a ordem simbólica como a reificação de normas binárias de gênero (Butler, 1990(Butler, /2015), a teoria da sexuação como reflexo de uma visão masculinista do feminino (Arán, 2009) e a terminologia lacaniana de "homem" e "mulher" como normativa, restringindo as possibilidades de vida de gêneros não--inteligíveis, do campo do abjeto (Porchat, 2014).…”
Section: Os Destinos De Jacques Lacanunclassified
“…Além disso, a despeito dos desencontros entre a teoria psicanalítica e os saberes contemporâneos sobre gênero e sexualidade, o trabalho crítico de autoras como Gallop (1988Gallop ( /2001, Butler (1990Butler ( /2015, Arán (2009) e Porchat (2014) deve nos servir precisamente para manter esse debate em movimento, produzindo uma reorganização da psicanálise a partir das exigências clínicas colocadas pela subjetividade de nossa época. Se levarmos a sério o caráter não-todo subversivo da teoria psicanalítica (Ambra, 2016), escutar essas críticas pode nos ajudar a sustentar a vertente subversiva do campo freudiano, evitando a reiteração de arranjos normativos herdados do social.…”
Section: Desdobramentos: a Psicanálise E A Matriz Sexo-gênero-orientaunclassified