2001
DOI: 10.1590/s0104-83332001000100011
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Corpo e masculinidade na revista VIP Exame

Abstract: ResumoNesse artigo elaboro comentários teóricos acerca de novas formas de se vivenciar a corporalidade presentes contemporaneamente, a partir da análise da revista masculina VIP Exame. O texto baseiase numa pesquisa que incluiu uma observação dentro da redação da revista e análise de materiais impressos, centrando-se na forma como a revista aborda o corpo masculino e coloca a preocupação com a aparência como importante para uma masculinidade bem sucedida. Com base nestes dados busco avaliar, a partir de perspe… Show more

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“…E vaidoso, com orgulho" (Mídia kit da revista Vip, 2015), que aparece em destaque no material. Monteiro (2001) constata o direcionamento de conteúdo a um público-alvo caracterizado por homens jovens, heterossexuais e de classe alta. Desta forma, percebe-se que a revista não se refere ao plano privado da mesma maneira que fazem os estereótipos de feminilidade.…”
Section: Discussionunclassified
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“…E vaidoso, com orgulho" (Mídia kit da revista Vip, 2015), que aparece em destaque no material. Monteiro (2001) constata o direcionamento de conteúdo a um público-alvo caracterizado por homens jovens, heterossexuais e de classe alta. Desta forma, percebe-se que a revista não se refere ao plano privado da mesma maneira que fazem os estereótipos de feminilidade.…”
Section: Discussionunclassified
“…Possui uma página virtual, na qual são disponibilizados artigos independentes do conteúdo da revista impressa, divididos entre as categorias "Mulheres", "Cultura", "Boa Vida", "Estilo", "Sexo" e "Saúde". Tal revista mostra-se relevante para o estudo da construção midiática de masculinidades em função de seu caráter abrangente de público, tendo em vista que se insere no nicho das revistas masculinas de forma ampla, com uma suavização moral em relação às outras vigentes: exibe ensaios sensuais com mulheres, porém estas estão sempre vestidas nas fotografias, conforme etnografia realizada por Monteiro (2001) na redação da mesma. Desta maneira, a VIP torna-se mais facilmente consumível, posto que se refere à masculinidade flexibilizando o tabu da pornografia.…”
Section: A Revista Vipunclassified
“…A partir da revisão da literatura, foi possível encontrar análises diversas que apontam como os padrões de gênero e sexualidade são reproduzidos pelas revistas masculinas (CÂMARA, 2007;CASALI, 2006;DOMIT, 2004;FRATERRIGO, 2009;MIRA, 2009;MONTEIRO, 2000;PRECIADO, 2010;SEIXAS, 2012;SOUZA, 2009;WINESKI, 2007). Neste artigo buscamos problematizar como a reiteração dos padrões de masculinidade e feminilidade pode contribuir para que a violência de gênero seja naturalizada e legitimada.…”
Section: Considerações Finaisunclassified
“…Como afirma Marko Monteiro (2000), o número alto de revistas masculinas publicados no Brasil pode despertar a impressão de que há propostas editoriais diversas, voltadas para diferentes públicos e com interesses variados. O autor problematiza como essa impressão não se confirma no que diz respeito às representações de masculinidades, já que não é possível dizer que as revistas abordem as masculinidades, no plural, mas sim uma masculinidade rígida e estereotipada.…”
Section: Introductionunclassified
“…Essa moral da virilidade e da robustez, de modo semelhante, passa a ser projetada às mulheres. Em suma, o Apolo 26 dos tempos recentes deve frequentar as academias de ginástica com regularidade e, igualmente, os centros de estética.Nesse caso, quando as aproximações ao "universo feminino" a eles são permitidas, isso também se faz em vista de um melhoramento da aparência, a fim de se alcançar o padrão almejado(MONTEIRO, 2001;SABINO, 2007;EUFRÁSIO, 2013;LE BRETON, 2016).Até mesmo os homens gays ou transgêneros, que poderiam ter seus corpos sociais mais livres e à margem dos padrões, são pressionados a construir suas formas físicas com base nesses mesmos códigos de uma virilidade estampada, afetada por resquícios de uma cultura machista. Tais imposições acabam por atravessar a elaboração de suas identidades e sociabilidades, como forma de garantir chance de pertença aos grupos e circulação entre eles.…”
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