2009
DOI: 10.1590/s0104-71832009000200010
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

Reflexões de uma antropóloga "andarina" sobre a etnografia numa comunidade de mineiros de carvão

Abstract: Ancorada em minhas experiências de campo na comunidade de mineiros de carvão de Minas do Leão (RS) - e também na Lorena francesa -, analiso neste artigo a dimensão da subjetividade do pesquisador, considerando os estudos de Devereux (1980) sobre as "observações recíprocas" que se operam entre etnógrafo e nativos e as perturbações mútuas daí derivadas, que remetem a conhecimentos específicos sobre a interação. As reflexões consideram minha condição de gênero, de ser uma mulher investigando um universo masculino… Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
2
1
1

Citation Types

0
0
0
4

Year Published

2016
2016
2022
2022

Publication Types

Select...
3
1

Relationship

0
4

Authors

Journals

citations
Cited by 4 publications
(4 citation statements)
references
References 2 publications
0
0
0
4
Order By: Relevance
“…[...] Eu fui muitas vezes classificada como branca e custei a entender que isso não estava apenas relacionado com a minha condição de estrangeira". 20 Ainda no tema da "brasilidade", cabe lembrar que é recorrente por parte de etnógrafas mulheres terem de lidar com o estereótipo da brasileira hipersexualizada, comum no olhar de muitos estrangeiros, tanto na Europa (Cioccari, 2009) quanto nas Américas (CRUZ, 2012).…”
Section: Seguindo Alguns Fiosunclassified
“…[...] Eu fui muitas vezes classificada como branca e custei a entender que isso não estava apenas relacionado com a minha condição de estrangeira". 20 Ainda no tema da "brasilidade", cabe lembrar que é recorrente por parte de etnógrafas mulheres terem de lidar com o estereótipo da brasileira hipersexualizada, comum no olhar de muitos estrangeiros, tanto na Europa (Cioccari, 2009) quanto nas Américas (CRUZ, 2012).…”
Section: Seguindo Alguns Fiosunclassified
“…Reflito sobre as relações tecidas entre a pesquisadora e seus(suas) interlocutores(as) em campo na construção do processo de desenvolvimento da pesquisa. A subjetividade da pesquisadora foi "afetada" Favret-Saada ( 2005) e despertada para a condição de ser mulher (Cioccari 2009) e estar "adentrando" e alterando um ambiente predominantemente masculino quando meus interlocutores, os "beccianos", me interrogavam sobre minhas reais intenções de estar ali, espaço visto por muitos homens para mostrar suas garras de conquistador, seja narrando aos frequentadores os feitos amorosos ocorridos, seja buscando conquistas amorosas ou levando suas conquistas ao espaço para que todos vejam e se certifiquem. Antonia Maria Rodrigues Laureano Carneiro Era 7:30 da manhã, fui ao Café Jaibaras e pedi um café com tapioca.…”
Section: O Olhar Que Não Quer Ver Ser Becciano(a): Uma Desmistificaçunclassified
“…Foi nesse espaço de olhares atentos, de boatos, fofocas e insinuações que me inseri. A interação em campo acontece de forma construtiva, em que tanto o pesquisador quanto o interlocutor observam e são observados, ocorrendo uma observação recíproca (Cioccari 2009).…”
Section: O Olhar Que Não Quer Ver Ser Becciano(a): Uma Desmistificaçunclassified
See 1 more Smart Citation