“…A constatação de que a falta de preocupação com o ensino é estrutural nos programas de pós-graduação em geral (PIMENTA; ANASTASIOU, 2002;PIMENTA, 1999;2000;CAMPOS, 2012) e, particularmente, nos Programas de Pós-Graduação em Antropologia, não significa que o ensino da disciplina esteja totalmente negligenciado. Alguns fatos confirmam isso: a Associação Brasileira de Antropologia (ABA), conforme mencionamos anteriormente, já na primeira reunião, em 1953, escolheu como um dos temas "os ILHA Ilha, Florianópolis, v. 24, n. 1, e81051, p. 135-160, 2022 problemas de ensino da antropologia" e as "possibilidades de pesquisa e de exercício da atividade técnico-profissional em instituições oficiais e particulares" (SANTOS, 1997). A partir da década de 1990, segundo Fátima Tavares (2010), o ensino da antropologia no Brasil foi referenciado pelas publicações da ABA e dos poucos/as associados/as que, naquela década e na seguinte, continuaram essa discussão, enfrentando os desafios da expansão do ensino de antropologia nos diferentes níveis e atravessaram [...] diferentes momentos que se superpuseram no que se refere aos temas de debate.…”