2017
DOI: 10.1590/s0104-59702017000300007
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“Plantas novas que os doutos não conhecem”: a exploração científica da natureza no Oriente português, 1768-1808

Abstract: Resumo Com a perda da maioria de suas conquistas para os neerlandeses, o Oriente português ficou reduzido a feitorias residuais, e o Brasil passou a ocupar o centro das atenções nas políticas coloniais. Assim, no século XVIII, a Coroa portuguesa não demonstrou grandes interesses em desenvolver o conhecimento autônomo da natureza do Oriente. Tais interesses se apresentavam vinculados a propósitos de reconfigurar a economia das colônias brasileiras. Ganhava corpo o intuito de aclimatar no Brasil espécies orienta… Show more

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“…Para tanto, perscrutava-se rios, matas, minas em busca de exemplares dos reinos animal, vegetal e mineral, sem contar com uma preocupação bastante flagrante com os costumes e o universo material dos mais diferentes povos. Portugal igualmente participa desse processo, organizando expedições pelo Reino e, especialmente, para suas colônias na África e na América, nomeadas "viagens filosóficas", a promoverem uma pulsante circulação de pessoas, exemplares e artefatos e saberes nos mais diversos quadrantes dos espaços coloniais e dos reinos europeus (Walker 2013;Pataca 2006;Faria 2002;Domingues 2001;Brigola 2003;Pereira 2017;Conceição 2016). Para além dos naturalistas, cartógrafos, engenheiros, tiveram papel ativo nessas ações membros da administração colonial, a exemplo de ouvidores, juízes, capitães, governadores, muitos deles formados pela renovada Universidade de Coimbra, inseridos que estavam no serviço útil ao rei e compondo o quadro amplo dos homens de ciência do período em tela (Raminelli 2008).…”
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“…Para tanto, perscrutava-se rios, matas, minas em busca de exemplares dos reinos animal, vegetal e mineral, sem contar com uma preocupação bastante flagrante com os costumes e o universo material dos mais diferentes povos. Portugal igualmente participa desse processo, organizando expedições pelo Reino e, especialmente, para suas colônias na África e na América, nomeadas "viagens filosóficas", a promoverem uma pulsante circulação de pessoas, exemplares e artefatos e saberes nos mais diversos quadrantes dos espaços coloniais e dos reinos europeus (Walker 2013;Pataca 2006;Faria 2002;Domingues 2001;Brigola 2003;Pereira 2017;Conceição 2016). Para além dos naturalistas, cartógrafos, engenheiros, tiveram papel ativo nessas ações membros da administração colonial, a exemplo de ouvidores, juízes, capitães, governadores, muitos deles formados pela renovada Universidade de Coimbra, inseridos que estavam no serviço útil ao rei e compondo o quadro amplo dos homens de ciência do período em tela (Raminelli 2008).…”
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