2010
DOI: 10.1590/s0104-59702010000500008
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Laços de sociabilidade, filantropia e o Hospital do Câncer do Rio de Janeiro (1922-1936)

Abstract: Este artigo tem por objetivo estudar a construção do Hospital do Câncer na cidade do Rio de Janeiro, a partir de uma análise das ações e dos grupos sociais envolvidos com a filantropia na cidade, durante a Primeira República. Para tal, apresenta-se um estudo prosopográfico inicial dessa elite, apontando para sua configuração na criação da instituição. Um segundo recorte refere-se às ações filantrópicas de Guilherme Guinle nesse período.

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“…Por meio de donativos reunidos com o apoio da primeira-dama do país, Darcy Vargas, e outros filantropos, a associação comprou um terreno e construiu um asilo para tratar e "promover a assistência material, afetiva e religiosa aos cancerosos em estado incurável", como o próprio Kroeff afirmou (2007) (Barreto, 2005;Teixeira e Fonseca, p. 55). Esses grupos se inspiraram em organizações similares criadas na Europa a partir de 1918 (Pinell e Brossat, 1988) e contavam com o apoio financeiro de filantropos privados -em geral juristas, médicos ou engenheiros, com destaque para Guilherme Guinle no Rio de Janeiro e o comendador José Martinelli em São Paulo -, da sociedade civil e, a partir de 1941, do Serviço Nacional do Câncer (SNC), criado pelo governo federal para centralizar a política nacional de prevenção e tratamento do câncer (Sanglard, 2010;Kroeff, 2007, p. 207-216).…”
Section: A Formação Da Cancerologia Em São Paulounclassified
“…Por meio de donativos reunidos com o apoio da primeira-dama do país, Darcy Vargas, e outros filantropos, a associação comprou um terreno e construiu um asilo para tratar e "promover a assistência material, afetiva e religiosa aos cancerosos em estado incurável", como o próprio Kroeff afirmou (2007) (Barreto, 2005;Teixeira e Fonseca, p. 55). Esses grupos se inspiraram em organizações similares criadas na Europa a partir de 1918 (Pinell e Brossat, 1988) e contavam com o apoio financeiro de filantropos privados -em geral juristas, médicos ou engenheiros, com destaque para Guilherme Guinle no Rio de Janeiro e o comendador José Martinelli em São Paulo -, da sociedade civil e, a partir de 1941, do Serviço Nacional do Câncer (SNC), criado pelo governo federal para centralizar a política nacional de prevenção e tratamento do câncer (Sanglard, 2010;Kroeff, 2007, p. 207-216).…”
Section: A Formação Da Cancerologia Em São Paulounclassified
“…1941) desde a década de 1920. Anteriormente, as ações filantrópicas eram desenvolvidas por instituições ligadas à ação religiosa protestante e, como no resto do país, dependiam da doação de indivíduos pertencentes às classes abastadas (Sanglard, 2005), da ação de grupos cujo interesse era a manutenção ou defesa da ordem e da civilização (Olinto, 2002), ou da participação da classe média interessada em estabelecer localmente o modelo higiênico observado alhures (Alvarenga, 2011). Nos diversos estados, as instituições preventoras foram construídas pela Federação e mantidas com o apoio de subsídios públicos em todas as esferas (federal, estadual e municipal) e com intensa participação da população.…”
unclassified
“…Durante os longos anos de ação, várias obras foram erguidas, hospitais, orfanatos e asilos. Como já abordado, a filantropia propõe o desprendimento da piedade com o próximo e adota o conceito de -utilidade social‖ (Sanglard, 2010). Enquanto a prática da caridade consiste no gesto de altruísmo desapego e anonimato, a filantropia necessita da reunião de pessoas que "participam de um mesmo movimento de expressão e de identidade do doador: elas se remetem às convicções, o situam em um espaço social, o inscrevem no seio de um grupo de relações‖ 12 .…”
Section: Também Buscamos Compreender O Movimento Católico Sociedade Dunclassified