“…Ainda assim, há um claro crescimento do interesse de antropólogos sobre esse tema ao redor do mundo, incluindo o Brasil (Sautchuk, 2010), como atestam trabalhos recentes sobre células-tronco (Luna, 2007), primatólogos (Sá, 2005), tecnologias de visualização do interior do corpo (Chazan, 2008), entre muitos outros. Alguns autores, como Emily Martin, indicam a noção de cultura como sendo o diferencial antropológico em relação ao estudo da ciência e da tecnologia (Martin, 1998), enquanto outros apontam o foco metodológico e conceitual próprio, que inclui desde a etnografia até conceitos específicos como o de fato social total e a tradição de estudos sobre cultura material (Pfaffenberger, 1988(Pfaffenberger, , 1992; outros ainda dirigem o olhar para a interação entre laboratório e sociedade como uma contribuição específica da antropologia da ciência e da tecnologia (Franklin, 1995).…”