“…Ao restringir o foco da análise para os limites desse artigo, os estudos demonstram que museus escolares constituiu-se em expressão polissêmica ao designar uma variedade de materiais e espaços configurados a partir de diversas práticas, cujo ponto de inflexão era o apoio ao ensino calcado no estímulo dos sentidos, com ênfase na visão, de modo a reforçar uma pedagogia do olhar para chegar à intelecção. Nessa perspectiva, foram produzidas por empresas especializadas coleções de quadros murais, com imagens de fenômenos da natureza e processos da manufatura e caixas didáticas com amostras de materiais provenientes da natureza ou da indústria (GARCÍA, 2007;VIDAL, 2012). As práticas criativas de mestres e estudantes geraram, por sua vez, outros formatos de museus escolares, como coleções de maquetes e amostras, armários, vitrines dispostas em corredores, pequenas salas ou até mesmo museus de ciências naturais no interior das instituições (PETRY, 2013;PAZ, 2017;WITT;POSSAMAI, 2016).…”