DOI: 10.5433/1679 Trabalha o conceito de memória de gênero (Bakhtin), a partir de remakes de ficção-científica. Toma o gênero como uma força dinâmica que trabalha no sentido da permanência e da mudança, articulando os elementos que determinam a intertextualidade. Na corrente de uma longa tradição, uma obra traz as características marcantes de um gênero que funciona como um "órgão de memória" em um sentido relativamente autônomo. Afirma que, no contexto dos filmes analisados, os elementos que se propagam dentro do gênero sofreram algumas variações nas refilmagens, em função do contexto sócio-histórico, ao passo que a permanência é marcada pelos temas recorrentes.
ResumoThis concept of working memory genre (Bakhtin), from remakes science-fiction. Takes gender as a dynamic force that works towards permanence and change, articulating the elements that determine intertextuality. In current a long tradition, a work brings the outstanding characteristics of a genre that works as a "body memory" in a relatively autonomous way. States that, in the context of the films analyzed, the elements that propagate within the genre underwent some changes in reshoots, depending on the socio-historical context, while the stay is marked by recurring themes.
Palavras-chaves:Remakes. Ficção-científica. Memória de gênero. Filmes. Mikhail Bakhtin.
Keywords:Remakes. Science fiction. Memory of genre. Films. Mikhail Bakhtin.
IntroduçãoNas palavras de Jean Marigny (1994), a ciência, desde as Luzes até o século XX, operou um expurgo em todas as outras formas de compreensão da realidade, procurando reinar quase que majoritariamente nos quadros de referência do pensamento humano na explicação do mundo e dos eventos. O que denominamos ciência moderna, nas palavras do autor, apoia-se firmemente no raciocínio matemático rigoroso, excluindo o que não é verificável, mensurável e reprodutível em laboratório. Ao mesmo tempo, é nesse contexto