1996
DOI: 10.1590/s0104-59701996000400006
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O fim da cognição? Os estudos de ciência e tecnologia desafiam o conceito de agente cognitivo

Abstract: O conceito de 'cognição' ocupa um lugar central em ampla literatura nas ciências sociais e na filosofia, onde um pressuposto-chave consiste na conceituação do agente cognitivo enquanto unidade central de análise. Entretanto, desdobramentos recentes nos Estudos de Ciência e Tecnologia (ECT) questionam este pressuposto e sugerem as bases para a sua modificação. Este trabalho descreve e avalia estes desdobramentos. Ele examina algumas críticas à visão largamente aceita de ciência e sugere que não menos que uma am… Show more

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“…Mas o problema de sua abordagem é dizer pouco a respeito de como as relações sociais afetaram a natureza e conteúdo do conhecimento científico. A redefinição da noção de agência, como propõe SteveWoolgar (1996), faz com que os conceitos existentes de cognição, sobretudo articulados em torno de uma ciência cognitiva, tornem-se problemáticos, senão irrelevantes para a compreensão da natureza das práticas científicas. Woolgar descreve três modalidades nas quais a noção de agente individual enquanto agente cognitivo tem sido revisada e transformada: situações em que os comportamentos dos agentes não podem ser vistos como decorrentes de estados (sobretudo cognitivos) subjacentes; quando a origem da ação não pode ser equacionada a um agente individual fisicamente delimitado; quando a distribuição de atributos e propensões para agir de certas entidades não corresponde a uma ordem moral preestabelecida a partir das essências, mas é produzida, Cabe destacar, como venho argumentando até aqui, que os principais conceitos de sua obra foram forjados com diversos colegas, aos quais Latour reconhece.…”
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“…Mas o problema de sua abordagem é dizer pouco a respeito de como as relações sociais afetaram a natureza e conteúdo do conhecimento científico. A redefinição da noção de agência, como propõe SteveWoolgar (1996), faz com que os conceitos existentes de cognição, sobretudo articulados em torno de uma ciência cognitiva, tornem-se problemáticos, senão irrelevantes para a compreensão da natureza das práticas científicas. Woolgar descreve três modalidades nas quais a noção de agente individual enquanto agente cognitivo tem sido revisada e transformada: situações em que os comportamentos dos agentes não podem ser vistos como decorrentes de estados (sobretudo cognitivos) subjacentes; quando a origem da ação não pode ser equacionada a um agente individual fisicamente delimitado; quando a distribuição de atributos e propensões para agir de certas entidades não corresponde a uma ordem moral preestabelecida a partir das essências, mas é produzida, Cabe destacar, como venho argumentando até aqui, que os principais conceitos de sua obra foram forjados com diversos colegas, aos quais Latour reconhece.…”
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