RESUMOObjetivo: avaliar através da eletromiogra a de superfície o comportamento dos músculos esternocleidomastóideo e paraespinhais cervicais bilateralmente em pacientes que se comunicam por meio da fala esofágica e laringe arti cial, para determinar se o tipo de voz utilizada altera o comportamento dos músculos cervicais. Métodos: foram avaliados dez voluntários (duas mulheres e oito homens), idade média de 49,7 anos, com laringectomia total, tempo de pós-operatório médio de 2,6 anos, com limitação dos movimentos do pescoço, divididos em dois grupos: grupo 1: cinco voluntários (laringe arti cial); grupo 2: cinco voluntários (voz esofágica); grupo 3 controle (sete voluntários). Resultados: na fonação não houve alteração no padrão de ativação muscular dos indivíduos que utilizam a voz esofágica e a laringe arti cial, com relação ao grupo controle. No entanto, na condição de repouso houve diferença signi cativa, comparando-se os valores médios de Root Mean Square dos grupos 1 e 2 com o grupo 3, para o músculo esternocleidomastóideo direito e para os músculos paraespinhais cervicais direito. Conclusão: o tipo de opção vocal não interferiu no padrão de ativação muscular durante a fonação, bem como não existiu diferença no padrão de ativação muscular na fonação dos voluntários quando comparados a indivíduos sem intercorrências no aparelho fonador. cie mostrou ser um método favorável na avaliação terapêutica dos pacientes, porém são necessários novos estudos para se ter o per l mais completo destes aspectos.
AGRADECIMENTOSAgradecemos à CNPQ pelo apoio nanceiro concedido para a realização dessa pesquisa.ABSTRACT Purpose: to evaluate by the surface electromyography the behavior of the sternocleidomastoid and cervical paraspinalis muscles, bilaterally in patients who use esofagic and arti cial larynx as alternative to talk and to determine if these conditions modify the cervical muscles behavior. Methods: ten volunteers were evaluated (two women, eight men), with average age: 49. 7 years, with total laryngectomy, average time of postoperative: 2.6 years, with neck movements limitation, divided in two groups: group 1 with ve volunteers (arti cial larynx); group 2 with ve volunteers (esofagic voice); and group 3 control (seven volunteers). Results: there was no signi cant difference in the muscular activation pattern during phonation in individuals with esofagic voice and the arti cial larynx compared to the control group, however, in the rest condition, there was a signi cant difference comparing the average values of Root Mean Square (RMS) of groups 1 and 2 with group 3, for the right sternocleidomastoid muscle and the right cervical paraspinalis muscles. Conclusion: the vocal option did not interfere on the muscular activation pattern during the phonation, as well as there was no difference in the muscular activation pattern comparing the experimental groups with the control group.