ResumoNo contexto educativo português, o programa de avaliação externa de escolas, assume o objetivo de promover a articulação dos contributos da avaliação externa e a capacidade das escolas fomentarem e reforçarem uma interpelação sistemática sobre a qualidade das suas práticas e dos seus resultados. Nesse sentido, a presente comunicação, tem como objectivo dar a conhecer um estudo neste campo. A questão basilar que orientou esta investigação foi a de compreender em que medida a avaliação externadas escolas contribui para a melhoria organizacional dos agrupamentos de escolas. O estudo foi delimitado aos 68 agrupamentos, o universo dos agrupamentos de escolas do minho do norte de Portugal, com uma amostra final de 314 professores.Palavras chave: escolas, avaliação externa, resultados escolares, modelo de avaliação.
IntroduçãoNum universo tão complexo como é a escola, a avaliação constitui atualmente uma das prioridades de política educativa, está na ordem do dia em vários domínios, nomeadamente, na educação. É incontestável que os sistemas educativos são cada vez mais responsabilizados e avaliados, em função das capacidades para responder adequadamente às exigências e aos problemas da sociedade. A avaliação educacional tem uma centralidade nos discursos e nas ações políticas, para além de uma visibilidade social considerável. Segundo Azevedo (2005), apesar da procura da avaliação de escola ser um tema atual, está longe de originar consensos, dada a tão grande diversidade de pressupostos, de intenções e de pontos de vista sobre o tema. Esta procura da avaliação é fruto de uma conjugação de múltiplos fatores ou razões, de origens e lógicas muito diferentes, resultantes de visões, expetativas e interesses presentes em áreas muito diversas.Costa e Ventura (2002) afirmam que existe um reconhecimento público de razões gerais da valorização da avaliação das escolas. De acordo com os autores, essas razões podem associar-se a uma maior visibilidade e especificidade das organizações escolares, considerando que as escolas são entendidas na sua individualidade e localmente identificadas; a uma autonomia crescente dos estabelecimentos de ensino, pelo desejo de se constituírem como espaço autónomo e diferenciado dos demais; a uma pressão pública das lógicasde mercado, por um pedido de prestação de contas e de responsabilidade social; ao controlo e à regulação dos sistemas educativos, processos de acompanhamento e pilotagem de forma a regular a ação das escolas; às estratégias demarketing e de promoção da escola, em que os processos de avaliação têm um papel preponderante; e por último associam-se à melhoria e ao desenvolvimento organizacional das escolas, como finalidade do processo avaliativo.Com o objetivo da melhoria e desenvolvimento organizacional, a avaliação de escolas, quer na sua vertente externa, quer interna, move-se em última análise no sentido de melhorar as práticas, melhorar o ensino e a aprendizagem, com a pretensão de gerar impacto na melhoria dos resultados dos alunos, no processo educativo (Azevedo, 2007; A...