Análise do cuidado a partir das experiências das mães de crianças com paralisia cerebral

Abstract

O artigo analisa o cuidado a partir da experiência das mães cuidadoras de crianças com paralisia cerebral (PC) tendo como marco teórico a hermenêutica heideggeriana. Realizou-se com 15 mães, em um Núcleo de Atenção Médica Integrada (NAMI) em Fortaleza, Ceará, de fevereiro a agosto de 2011, utilizando-se a entrevista como produção de dados. Posteriormente foram organizados em um quadro analítico que permite leituras horizontais e verticais e a identificação das unidades significativas que surgiram das experiências das mães e que convergiram para as categorias pré-analíticas heideggerianas: cotidianidade, ruptura, angústia e autenticidade. A partir da analítica fenomenológica heideggeriana, atestamos que o processo de cuidar por parte das mães cuidadoras de crianças com PC pode ser abordado como um modo de ser em que surge a possibilidade de um encontro com o próprio ser no cuidado. As reflexões sinalizam a urgência de efetivar um cuidado centrado na alteridade e possibilita novas incursões e revisitações da qualidade do cuidado prestado pelos profissionais de saúde.

Cuidado à família da criança com doença crônica

“…To evaluate the factors associated with the time taken to access the specialists and explore the issues experienced by parents before evaluation in a specialized service. As for the year of publication, there was one (2.57%) article published in the years 2007 43 , 2009 14 and 2010 37 , three (7.69%) articles published in the year 2016 12,40,47 , five (12.82%) in 2012 20,29,31,41,44 , six (15,38%) in 2011 21,26,34,36,39,49 seven (17,95%) in 2015 22,24,45,48 and 2014 13,23,30,32,35 and eight (20,51%) in 2013 25,33,38,42,46,50 .…”

“…This isolation can lead to profound stress, depression and a subjective decrease in the quality of life of these women and their families. 13 Regarding health professionals and the diagnosis of children with chronic diseases, a survey found that parents reported conflicts with physicians due to delayed diagnosis and difficult access to specialized services. The research revealed that parents felt that pediatricians had no knowledge of the pathology of their children, or were not sure of how to diagnose them and did not understand the reference and counterreference process.…”

“…The whole family organization is changed in an attempt to meet the demands of care that the child needs, often breaking the social roles that family members play. 13 At this context, it is imperative to take care of the families of children with chronic conditions as an initial stage of the treatment process, providing information before discussing treatment options so that they beware of the children needs, monitoring and updating the knowledge and understanding of the family 26 . It is important for health professionals to discuss the needs of the child and the available options for improving care along with families.…”

Dificuldades para a efetivação do acolhimento hospitalar durante a internação de crianças com doença crônica

“…Estudo assevera que é preciso haver mais dedicação dos profissionais de saúde no lidar com o ser humano e desempenhar o cuidado em saúde de maneira integral. A falta de acolhimento no ambiente hospitalar dificulta a relação entre profissionais e familiares, deixando esses usuários ainda mais vulneráveis às implicações desencadeadas pela hospitalização 17 . Uma boa gestão hospitalar estimula um melhor ambiente de cuidado humanizado.…”

“…Uma atenção acolhedora e resolutiva proporciona uma assistência de qualidade, favorecendo a formação de vínculo entre o binômio criança/família e os profissionais 19 . Para que as famílias sintam-se verdadeiramente acolhidas e os conflitos sejam diminuídos, os profissionais devem ser sensíveis à realidade desses cuidadores, compreendendo as suas demandas de cuidado e possibilitando a consolidação do acolhimento 17 . O enfrentamento da condição crônica para a família torna-se ainda mais difícil com a ausência do acolhimento durante a hospitalização da criança.…”