Resumo: O presente estudo investiga a trajetória escolar de egressos de um Programa de Inclusão de Jovens, buscando identificar as questões que levam milhões de jovens brasileiros a se matricularem e não permanecerem na escola até o fim do ano letivo. Foram entrevistados 19 egressos do programa, que após a conclusão do ensino fundamental, se matricularam no ensino médio, nas cidades baianas de Juazeiro, Salvador e Vitória da Conquista. Além de entrevista semiestuturada, grupos focais foram utilizados para a coleta de dados. Dentre os sujeitos de pesquisa, observou-se a hegemonia das mulheres, mães, com idade acima de 25 anos, com histórico escolar de abandono, que decidem retomar sua formação escolar, motivadas pelas demandas por melhores condições de vida e trabalho, preocupadas em ser um exemplo positivo para sua prole. As análises indicam ser possível pensar uma permanência por períodos determinados de tempo, e não de forma estável e linear, como idealizada pelas políticas educacionais tradicionais, transpondo para a Educação o que alguns autores chamam de "trajetória io io", quando se referem às experiências no mundo do trabalho da juventude atual, diferenciando-se de gerações anteriores, que vivenciaram experiências de maior estabilidade.Palavras-Chave: relação com a escola; inclusão de jovens; trajetória escolar.The garden of the forking paths: young students of popular origin and their relationship to schoolAbstract: The present study investigates the shool trajectory of egress from a Youth Inclusion Program, trying to identify issues that cause millions of young Brazilians to enroll and not staying at school until the end of the school year. Nineteen egress of the Program who concluded their basic education and enrollled in high school were interviewed in Bahia cities -Juazeiro, Salvador and Vitória da Conquista. Besides the semi-structured interview, focus groups were used for collecting data. Among the participants, we observed the predominance of women, mothers, age higher than 25 with school history of abandonment, who decide to retake their education, motivated by demands of better life and work conditions, and with being an example to their children. Analyses indicate that it is possible to think of permanence for specific periods of time and not in a stable or linear way, as it is idealized by traditional educational policies. This point would translate into Education studies what some authors call "yo-yo trajectory", particularly when it refers to present youth´s experiences in the work world, which differ from previous generations who had more stable experiences.