Cotidiano de portadores de esquizofrenia, após uso de um antipsicótico atípico e acompanhamento em grupo: visão do familiar

Abstract

This study described the daily life of schizophrenia patients after the use of clozapine and group accompaniment from the perspective of family members. The research population consisted of 11 family members who most frequently accompanied 11 schizophrenia patients who participate in the group and use clozapine. With a view to data collection, interviews oriented by a script were held in April 2003, which were taped and fully transcribed afterwards. Results indicated an improvement in patients' symptoms, demonstrated by decreased social isolation, resumption of home/work activities and study as well as by participation in social events. These results point towards the need for a new view on patients who suffer from mental disorder and their family members, with a view to seeking therapeutic attitudes that act in the production of life with a view to a new existential meaning, in the different forms of social contact and sociability.

Centro de Atenção Psicossocial do município de Campinas: estudo sobre o perfil sociodemográfico e clínico de seus usuários

“…A análise dos resultados evidencia que a quase totalidade dos usuários fazia uso dos medicamentos antipsicóticos/neurolépticos: dados semelhantes ao estudo de Tomasi et al 19 e Medeiros 27 . No entanto, há que se ressaltar a importância de trabalhos que avaliam a adesão dos usuários ao tratamento medicamentoso, sua eficácia e o tipo de medicação empregada [28][29][30] e até mesmo a intensa medicalização do sofrimento psíquico 31 , já que, de modo geral, a saúde não se traduz apenas como o resultado das intervenções medicamentosas, mas, sim, como o resultado de intervenções que envolvem, também, a dimensão social e psíquica.…”

Convivendo com uma ajuda que atrapalha: o significado da terapêutica medicamentosa para a pessoa com esquizofrenia

“…A literatura aponta a evolução dos psicotrópicos e, particularmente, dos antipsicóticos, como um fator de suma importância para a desospitalização ao possibilitar o tratamento do portador de esquizofrenia em rede ambulatorial SOUZA, 2006;SHIRAKAWA, 2000).…”

“…Serviços comunitários que integrem diferentes abordagens terapêuticas podem ser efetivos e capazes de propiciar múltiplos benefícios às pessoas com transtorno mental como maior autonomia, reinserção social, comportamento adaptativo, independência em atividades domésticas e de autocuidado e competências cognitivas (KOZMA et al, 2009;SOUZA, 2006;LERMAN et al, 2005;GRANERUD;SEVERINSSON, 2003;PEGG;MOXHAM, 2000;SHIRAKAWA, 2000 Conforme corroboram os achados do presente estudo, a religião é frequentemente presente entre pacientes psicóticos, como conteúdo das alucinações e ideias delirantes ou como estratégia de enfrentamento de situações de sofrimento (KOENIG, 2007).…”