Introdução: Mesmo com as mudanças trazidas pela Reforma Psiquiátrica, ainda persistem conceitos e visões estereotipadas e negativas em relação ao doente mental, o que dificulta uma assistência integral e qualificada. Objetivo: Avaliar a opinião de estudantes ingressantes e formandos de um curso de graduação em Enfermagem de uma instituição de ensino superior do interior do estado de São Paulo diante da doença mental. Método: Trata-se de um estudo exploratório de natureza quantitativa. Para coleta de dados foram utilizados: Instrumento de caracterização dos sujeitos e a Escala de Opiniões sobre a Doença Mental (ODM). Foram realizadas análises estatísticas descritiva, de comparação e correlação. O nível de significância utilizado foi de p<0.05. Resultados: Participaram deste estudo 38 estudantes: 21 ingressantes e 17 formandos. Houve predomínio de mulheres (97,37%) e a média de idade foi 24,42 (±6,64) anos. Em relação aos fatores da ODM, as médias dos escores não mostraram grande variação. Alunos ingressantes apresentaram escores mais altos em todos os fatores, porém essa diferença foi significante (p=0,04) apenas no fator visão minoritária. Católicos apresentaram escores maiores no fator Ideologia da higiene mental (p=0,02). Alunos trabalhadores apresentaram menores escores nos fatores Benevolência e Ideologia da higiene mental e essas diferenças foram significantes (p=0,01 e p=0,02 respectivamente). Conclusão: Os resultados deste estudo mostraram mais semelhanças do que diferenças em relação à percepção da doença mental nos dois grupos. Demonstraram também tendência para atitudes positivas, contrariando a ideia de reclusão e fortalecendo o entendimento de que o doente mental deve estar inserido na sociedade.