Auto-aplicação de insulina em crianças portadoras de diabetes mellitus tipo 1

Abstract

INTRODUÇÃOSegundo a Organização Mundial de Saúde, o diabetes mellitus tipo 1 é uma das mais importantes doenças crônicas da infância em esfera mundial. Nos Estados Unidos da América dos 651.000 casos novos diagnosticados a cada ano, 11.000 são em crianças e adolescentes, constituindo-se assim na segunda mais importante doença crônica, nestas faixas etárias, neste país (POND et al., 1995). Mesmo considerando a disponibilidade de terapêuticas efetivas, é ainda preciso compreender o quão penoso torna-se o tratamento para os portadores, famílias e sociedade, pois o diabetes tipo 1, freqüentemente progride com seqüelas, tais como: amputação, cegueira, nefropatia e retinopatia, comprometendo a qualidade de vida da pessoa.Reconhecendo a gravidade da situação e a relação existente entre o grau de controle glicêmico e o aparecimento de complicações e seqüelas, esforços têm sido empreendidos na tentativa de elucidar os mecanismos etiológicos da doença, e os avanços no tratamento, objetivando buscar soluções de impacto sobre a doença e melhoria da qualidade vida das pessoas acometidas. Segundo PUPO et al.(1986) para se conseguir um bom controle do diabetes é extremamente importante a educação do paciente e da família, deixando explícito que esta deva ser introduzida no início do tratamento, tão logo tenha passado o primeiro impacto do diagnóstico.Para SABBETH (1984) o impacto de uma doença crônica, no caso o diabetes mellitus, sobre a família pode ocorrer nas esferas comportamental, somática, social e financeira, sendo freqüente encontrá-las interrelacionadas.Neste sentido, WARZAK et al. (1993) afirmam que os pais enfrentam uma diversidade de problemas em relação ao diabetes tipo 1 sendo que, os mais freqüentes estão relacionados à administração de insulina, dieta, dinâmica familiar e testes de glicose no sangue e urina.Em relação a insulina e monitorização de glicose no sangue e urina, em particular, é recomendado que os pais e a equipe de saúde favoreçam oportunidades de aprendizagem para que a criança possa desenvolver habilidades para a auto-aplicação de insulina e controle domiciliar visando sua independência. FOLLANSBEE (1989) aponta que a transferência de responsabilidade dos pais em direção ao filho deva ser por volta dos 12 anos de idade, entretanto esclarece que os pais precisam ainda permanecer envolvidos de algum modo na supervisão dos cuidados diários em relação ao seu

Diabetes mellitus tipo 1: evidências da literatura para seu manejo adequado, na perspectiva de crianças

“…Hence, multidisciplinary follow-up for these young people becomes fundamental, in the different phases of their growth and development, considering each person's individuality, the context they live in, their beliefs, fears and family relations, and leading them towards a healthy life, starting from their potentials (15,21) . The authors believe that thinking about a diabetes education program needs to involve service organization (20) , qualifying nurses and their team, in the attempt to improve the care delivered to these children. Simple language, games, paintings, drawings, movies and reading can be part of these programs, as these strategies are valid to enhance expression of the children's feelings, contributing to their learning (26)(27)(28) .…”

“…In this phase, the children see the maintenance of glucose test results within normal limits as a positive factor. Health professionals, however, need to heed to the possibility that maintaining glucose levels within adequate parameters is much more related to the family and health team's acceptance of the child than to the treatment and control of the illness (20) .…”

“…Besides the correct application technique (20) , the success of this selfcare first depends on the purchasing of materials like insulin, syringes and needles (20)(21) . The children appointed nonprovision or lack of insulin at public institutions and delivery of insufficient syringes and needles for all applications needed as factors that make self-care unviable.…”

“…Professionals were mentioned because of their actions, valuing and supporting the children in the hospital environment (11,20,25) , at Basic Health Units (21) , during clinical follow-up (15) , in education programs (26)(27) , research (14) and at school (19,28) . In all of these cases, the professionals' actions directly interfere in the children's experience, mitigating their fears and anxieties, performing educative actions, increasing knowledge on diabetes and the children's needs (11) and intensifying self-care (21) and the expression of their experiences, emotions and feelings (26)(27) .…”

Insulin self-administration technique with disposable syringe among patients with diabetes mellitus followed by the family health strategy

“…For glycemic control done through insulin therapy with disposable syringes to be effective, several things need to be learned (3,(5)(6) . Among them is the administration technique, considered one of the factors influencing the effectiveness of insulin: (5,7) inadequate and unsafe practices in the administration of insulin can interfere in the metabolic control and consequently lead to the development of DM chronic complications (8)(9) .…”