A concepção de loucura e do seu tratamento entre os trabalhadores de saúde mental de uma instituição prestadora de serviço em nível secundário de atenção<a name=title></a>

Abstract

A proposta de reformulação da atenção e m s a ú d e m e n t a l n e s s a é p o c a , s e g u n d o P I T TA -H O I S E L ( 1 9 8 4 ) , i n c l u í a a l é m d o s a m b u l a t ó r i o s , e q u i p e s d e s a ú d e m e n t a l n a s u n i d a d e s b á s i c a s d e s a ú d e , e m e r g ê n c i a s psiquiátricas, hospitais dia/noite, enfermarias p s i q u i á t r i c a s e m h o s p i t a i s g e r a i s , t o d a s f u n c i o n a n d o n u m s i s t e m a d e r e f e r ê n c i a e c o n t r a -r e f e r ê n c i a . Rev. latino-am.enfermagem -Ribeirão Preto -v. 5 -número especial -p. 59-68 -maio 1997

O trabalho de enfermagem em saúde mental: contradições e potencialidades atuais

“…Sobre a concepção de objeto que permeia o processo de trabalho dos enfermeiros em saúde mental, estudos (21)(22) demonstram que, apesar do discurso dos enfermeiros estar orientado para a desconstrução do saber psiquiátrico e para a superação das práticas manicomiais, o paradigma predominante em suas ações é o modelo organicista. Os enfermeiros mantêm as práticas tradicionais -triagem e controle principalmente medicamentoso dos pacientes em crise -embora o discurso aponte para atividades de relacionamento interpessoal e trabalho interdisciplinar (21) .…”

“…Os enfermeiros mantêm as práticas tradicionais -triagem e controle principalmente medicamentoso dos pacientes em crise -embora o discurso aponte para atividades de relacionamento interpessoal e trabalho interdisciplinar (21) . Assim, embora reconheçam a limitação daquele modelo médico psiquiátrico na abordagem do sujeito com transtornos mentais, ocupam-se, rotineiramente, de sua "doença mental" ao controlar o comportamento dos usuários e, apesar de criticar o tratamento ofertado pela instituição -pautado pelo modelo organicista -não se percebem como agentes de transformação dessa realidade (22) .…”

O lugar dos hospitais psiquiátricos no município de São Paulo frente ao processo de reestruturação do modelo de assistência psiquiátrica no Brasil pela voz dos trabalhadores

“…Encontra-se neste estudo a visão de periculosidade e a reclusão como forma de tratamento. As autoras finalizam, avaliando que as instituições extra-hospitalares podem funcionar como segregadoras, a depender dentre outras questões, da necessidade de maior capacitação dos profissionais de saúde (23) .…”

“…A institucionalização pode ser considerada uma resposta de controle social, diante de situações que venham a provocar mal-estar na sociedade e que tragam a percepção de risco e de perigo iminente, que leva a que a sociedade reaja defensivamente (23) . Os autores explicam que através de uma colocação institucional aplicada a quem está considerado em situação de risco -situação de perigo desviante -a sociedade, num movimento centrífugo, expurga parte do que se lhe não integra a nível do indivíduo, da família, da comunidade ou da própria sociedade, justificando e legitimando essa atuação no objetivo de uma futura reintegração e reinserção do indivíduo quando considerado de volta a essa mesma comunidade (23) .…”

“…Os autores explicam que através de uma colocação institucional aplicada a quem está considerado em situação de risco -situação de perigo desviante -a sociedade, num movimento centrífugo, expurga parte do que se lhe não integra a nível do indivíduo, da família, da comunidade ou da própria sociedade, justificando e legitimando essa atuação no objetivo de uma futura reintegração e reinserção do indivíduo quando considerado de volta a essa mesma comunidade (23) .…”