Algunas reflexiones sobre el estudio de los hombres desde el feminismo y desde los derechos humanos

Abstract

En este texto se comentan algunos encuentros y desencuentros en la investigación e intervención sobre problemáticas que viven los hombres, a partir de contrastar acercamientos analíticos próximos al concepto de derechos, pero dependiendo de si se adopta una postura feminista o de género, ya sea explícito o no, o bien si la aproximación surge de otros referentes teóricos y políticos. La hipótesis de trabajo es que las tensiones son mayores cuando no se recupera en su sentido relacional la perspectiva de género. No se asume que el feminismo y los derechos humanos sean excluyentes entre sí, pero sí que pueden tener énfasis distintos en las estrategias para reparar exclusiones y para identificar titulares de las garantías que le viabilizan a toda persona participar en la construcción de las condiciones de posibilidad de un entorno social más equitativo y solidario. El relato de algunas experiencias en tres ámbitos de estudio pretende mostrar cómo permean lecturas maniqueas, las cuales siguen victimizando y satanizando a algunos de los personajes que interactúan en las relaciones de género, por lo que ello limita la selección de categorías analíticas y políticas más integrales y comprensivas para cuestionar las relaciones de poder y los ejercicios de violencia en sus diferentes acepciones. No hay la intención de descalificación alguna, sino estimular un intercambio dialógico que permita enriquecer el trabajo con los hombres como sujetos genéricos.

Sentidos e práticas de paternidade: vozes de homens jovens em privação de liberdade

“…A distância ou ausência dos pais é marcada pelo racismo, machismo e classismo (de Garay, 2018), que ao tempo em que (super)encarcera, explora e mata os homens -tal como relatado por Magdaleno, que contou que sente muita falta da presença de um pai, de jogar bola e conversar com ele, pois este morreu nas mãos do tráfico quando ele tinha três anos-não permite que tenham experiências gratificantes no cotidiano da paternidade (Figueroa, 2013). Contudo, existem vozes dissidentes, que assinalam que moram com o pai ou que, mesmo estando separados, os encontram muito.…”

Violência de Gênero e seus Autores: Representações dos Profissionais de Saúde

“…Em relação aos significados compartilhados pelos profissionais de saúde sobre os homens, autores de violência de gênero, duas imagens são evocadas para a caracterização deste: "a de homem covarde e a de monstro", como expressam as seguintes falas: Esses relatos evidenciam elementos que remetem à socialização masculina ligada à cultura machista legitimadora do uso da violência masculina (Figueroa-Perea 2013). "Covardia" também foi outro elemento encontrado nos resultados do estudo conduzido por Gomes, Silva, Oliveira, Acosta e Amarijo (2015), que buscaram investigar as representações sociais dos profissionais de saúde a respeito da violência contra a mulher.…”

“…Nesse sentido, Figueroa-Perea (2013) chama a atenção para a necessidade de novos estudos que evidenciem outras expressões de masculinidades. Ele argumenta que é importante enxergar homens e mulheres sob uma perspectiva de gênero, considerando também os processos de exclusão e marginalização masculina, decorrentes de uma sociedade pautada na hegemonia machista (Figueroa-Perea, 2013 Waiselfisz (2015), duas em cada três dessas vítimas de violência (147.691) foram mulheres que precisaram de atenção médica por violências domésticas, sexuais e/ou outras. Traduzindo em números diários, a cada dia do ano de 2014, 405 mulheres demandaram atendimento em uma unidade de saúde, por alguma violência sofrida.…”

“…Apesar da lei Maria da Penha ter dado maior visibilidade ao fenômeno social, vários autores (Figueroa-Perea, 2013;Gomes & Diniz, 2008;Granja & Medrado, 2009;Lima & Büchele, 2011;Medrado & Lyra, 2003) assinalam a pouca visibilidade dada aos discursos masculinos nas políticas sociais e legislações sobre a violência de gênero frente às mulheres. Figueroa-Perea (2013), Lima e Büchele (2011) e Cortez, Souza e Queiroz (2010) apontam para a escassez de estudos que enfoquem os autores da violência de gênero para compreensão do fenômeno e no desenvolvimento de intervenções voltadas aos autores da violência.…”

“…Figueroa-Perea (2013), Lima e Büchele (2011) e Cortez, Souza e Queiroz (2010) apontam para a escassez de estudos que enfoquem os autores da violência de gênero para compreensão do fenômeno e no desenvolvimento de intervenções voltadas aos autores da violência.…”