Resumo: Este artigo procura identificar quais as representações sociais que as alunas universitá-rias da PUC -MG têm sobre o feminismo, em suas mais variadas vertentes e, em que medida essas representações colocam aproximações e distanciamentos em relação aos movimentos feministas e suas pautas reivindicatórias. Com base nas teorias críticas feministas, discuto como as representações com relação ao feminismo podem constituir abismos ou pontes para aproximação com movimentos sociais que tiveram grande influência na academia, mas que cada vez mais vêm carregando rótulos que lhes afastam das próprias mulheres.Palavras-chave: feminismo, academia, imaginário social.
IntroduçãoTrazer os debates feministas para dentro dos círculos acadêmicos, desde a década de 60 do século XX, tem sido bastante profícuo para a academia, contribuindo para gerações de pensadoras e militantes preocupadas com as condições de vida das mulheres em todo o mundo. A universidade, como espaço de produção de conhecimento e melhoria da vida humana, tem se colocado ao lado dessas discussões políticas sobre o que é a condição feminina -em diferentes contextos e atravessada por questões como raça, classe, gerações, orientações sexuais, etc. -e analisado de maneira contundente a posição desse gênero em relação ao mundo social, marcadamente masculino e hostil às mulheres. Feministas de vários lugares agem como catalisadoras de profundas rupturas epistemológicas e teóricas, não só nas ciências humanas com sua produção crítica e política, mas como grandes motores do progresso das ciências.
Aspectos metodológicosEste artigo é fruto de um estudo exploratório qualitativo, realizado em novembro de 2010, no Campus da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais * Graduando em Ciências Sociais -PUC-MG.