2003
DOI: 10.1590/s0104-026x2003000100013
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

Uma espiada na imprensa das mulheres no século XIX

Abstract: No presente artigo, tento recuperar a memória literária das mulheres brasileiras no século XIX, examinando alguns periódicos fundadores por elas dirigidos. Detenho-me, especialmente, em Juana Paula Manso, fundadora do Jornal das Senhoras, considerado o primeiro periódico feminino no Brasil, e discuto tal atribuição, trazendo à luz o periódico de Maria Josefa Pereira Pinto, bem anterior ao de Juana Paula Manso. Não obstante o esquecimento político que os cercou, assinalo sua importância no sentido de despertar … Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
1
1
1
1

Citation Types

0
0
0
12

Year Published

2016
2016
2023
2023

Publication Types

Select...
9

Relationship

0
9

Authors

Journals

citations
Cited by 22 publications
(12 citation statements)
references
References 1 publication
0
0
0
12
Order By: Relevance
“…Para outro caso relevante de casa editorial dirigida por uma mulher, ver Ribeiro (2019 Ramos (2016, p. 181), depois de aposentada, Muzart, pesquisadora 1A do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico -CNPq por muitos anos, dedicou-se ao Núcleo Literatura e Memória (nuLIME), à linha de pesquisa Crítica Feminista e Estudos de Gênero do Programa de Pós-Graduação em Literatura; à coordenação do Instituto de Estudos de Gênero -IEG; à organização de dez edições do Seminário Internacional Fazendo Gênero; à editoria de artigos e de resenhas da Revista de Estudos Feministas; mas especialmente, à Editora Mulheres, cuja tarefa, nada modesta num campo estruturalmente machista, seria "reescrever uma nova história da literatura brasileira, dando visibilidade às escritas de mulheres do século XIX e à crítica e à teoria feminista dos séculos XX e XXI", o que, afinal, foi seu importante legado. 10 Em Muzart (2003), a pesquisadora apresenta algumas pioneiras jornalistas e escritoras do Brasil, inclusive discutindo as posições da argentina aqui exilada Juana Paula Manso (de Noronha, nome de casada) e de sua antecessora, a menos comportada Maria Josefa Barreto Pereira Pinto. O estranhamento que movia Muzart e a fazia pesquisar as escritoras esquecidas é semelhante ao que nos move nas pesquisas sobre o similar apagamento das editoras, como a própria Zahidé.…”
Section: Faculdade De Letras Da Universidade Federal Deunclassified
“…Para outro caso relevante de casa editorial dirigida por uma mulher, ver Ribeiro (2019 Ramos (2016, p. 181), depois de aposentada, Muzart, pesquisadora 1A do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico -CNPq por muitos anos, dedicou-se ao Núcleo Literatura e Memória (nuLIME), à linha de pesquisa Crítica Feminista e Estudos de Gênero do Programa de Pós-Graduação em Literatura; à coordenação do Instituto de Estudos de Gênero -IEG; à organização de dez edições do Seminário Internacional Fazendo Gênero; à editoria de artigos e de resenhas da Revista de Estudos Feministas; mas especialmente, à Editora Mulheres, cuja tarefa, nada modesta num campo estruturalmente machista, seria "reescrever uma nova história da literatura brasileira, dando visibilidade às escritas de mulheres do século XIX e à crítica e à teoria feminista dos séculos XX e XXI", o que, afinal, foi seu importante legado. 10 Em Muzart (2003), a pesquisadora apresenta algumas pioneiras jornalistas e escritoras do Brasil, inclusive discutindo as posições da argentina aqui exilada Juana Paula Manso (de Noronha, nome de casada) e de sua antecessora, a menos comportada Maria Josefa Barreto Pereira Pinto. O estranhamento que movia Muzart e a fazia pesquisar as escritoras esquecidas é semelhante ao que nos move nas pesquisas sobre o similar apagamento das editoras, como a própria Zahidé.…”
Section: Faculdade De Letras Da Universidade Federal Deunclassified
“…Lerice Garzoni ajuda a perceber como, a despeito de um discurso de juristas e médicos, as mulheres conquistavam, cada vez mais, espaços na esfera públicaseja na escrita e publicação de periódicos, seja na organização de sociedades beneficentes, associações, entre outros (GARZONI, 2012, p. 34). Ampliavam-se as discussões na imprensa por um maior acesso a profissões usualmente ocupadas por homens (TEIXEIRA, 2010;PITA, 2009;MUZART;LEITE, 2003;CARULA, 2016;GARZONI, 2009;PINHEIRO, 2007;LENHARO, 1988).…”
Section: Práxis Educacionalunclassified
“…Embora ainda se atribua ao Jornal das Senhoras, surgido em 1852 e dirigido por Joana Paula Manso de Noronha, o título de primeiro jornal escrito por mulheres, pode-se retroceder um pouco ao periódico Belona Irada Contra os Sectários de Momo, publicado entre 1833 e 1834 e editado em Porto Alegre, como o primeiro jornal fundado por mulheres, sob a redação de Maria Josefa Pereira Pinto. O Belona, como era conhecido, tinha caráter político e era partidário da corrente "caramuru", tendo circulado apenas localmente (MUZART, 2003).…”
Section: O Papel Da "Mulher Patriótica" Segundo a Imprensaunclassified