O Ciborgue Zapatista: tecendo a poética virtual de resistência no Chiapas cibernético

Abdel-Moneim, Sarah Grussing

doi:10.1590/s0104-026x2002000100003

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“…A lógica interna do movimento, que é também internacionalista, se dá pelo motivo de que está sempre em movimento, já que seus comunicados, documentos e discursos estão disponíveis no espaço virtual. Como aponta Abdel-Moneim (2002), o EZLN, ou o movimento neozapatista, como a autora intitula, não se adequa a movimentos tradicionais de esquerda, por ocupar espaços tradicionais e virtuais, bem como não assumem uma posição partidária de vanguarda, estando também ligado a outros muitos movimentos de resistência mundiais, e por diversos modos: a noção de um mundo onde caibam muitos mundos é assumida pelo movimento, que apresenta uma recusa por lideranças populistas, modos simplificados de trabalho de base e modos de hierarquização da luta política. O mesmo se dispõe em todos os âmbitos, e aqui, em especial, nos dedicaremos à sua proposta de educação.…”

Section: Caminhos Metodológicosunclassified

Autonomia Política Como Prática De Cuidado: A Gramática Da Educação Zapatista

Ibargüen

Guimarães

2022

psicolestud

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Este artigo tem como objetivo discutir, com bases em diferentes registros, a gramática presente na discursividade de informes oficiais do Movimento Zapatista, no que tange especificamente à educação zapatista, em especial desde a noção de autonomia como modo de organizar esta dimensão da vida em sociedade, entendendo a autonomia como resistência à tutela do Estado na gestão da escola e, micropoliticamente, a ruptura da tutela do processo educativo pelo promotor de educação. Observamos, a partir do estudo das Declarações da Selva Lancadona e da Escuelita Zapatista, que estas fundam-se numa crítica aos modelos estatais de governo da educação, refutando a perspectiva intercultural, defendendo a pluridiversidade. Este modo de compreender o processo educativo, e o modo de praticar o cuidado nos leva a uma compreensão mais ampla para a psicologia, refletindo sobre possibilidades de conexão entre novas invenções psi no trabalho junto à infância e à psicologia da educação.

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Section: Caminhos Metodológicosunclassified

Autonomia Política Como Prática De Cuidado: A Gramática Da Educação Zapatista

Ibargüen

Guimarães

2022

psicolestud

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“…De acordo comAbdel-Modeim (2002), o Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN), por ocasião da ocupação de Chiapas, realizou intensa campanha, por meio de websites e correio eletrônico, com o propósito de reagir à violência do Estado mexicano contra os seus militantes. Organizações não governamentais em todo mundo, de acordo com a mesma autora, promoveram uma frente de denúncias sobre os abusos perpetrados pelas forças de repressão do governo de Ernesto Zedillo.…”

unclassified

Ativismo de esquerda nas redes sociais: contradições das novas trincheiras da luta política

Dias

2020

NORUS

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Esse texto é resultado de pesquisa teórico-empírica, feita ao longo de quatro anos, sobre os novos repertórios do ativismo político de esquerda nas redes sociais. A pergunta que move a análise é: a resistência deste campo político, organizada nas mídias virtuais, tem sido eficiente para difundir visões de mundo progressistas e produzir uma reforma intelectual e moral num nível universal? Para a análise, partimos da perspectiva dialética que aponta para o movimento contraditório entre as formas de resistência à ordem capitalista por meio das novas tecnologias de comunicação versus a função dessas tecnologias no processo de ampliação constante do capital. Por meio da filosofia da práxis de Gramsci, concluímos que as lutas políticas à esquerda podem ser reprodutoras ou transformadoras da ordem, mas são sempre combates que fazem avançar a história.

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Warriors and Weavers: The Poetics and Politics of Indigenous Appropriations of New Media Technologies in Latin America

Pitman

2018

Modern Languages Open

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In terms of its relationship to more traditional, masculinist conceptualisations of the way we work and relate to one another, (net)weaving does not stand in direct opposition to networking, since weaving is always, already networking (Plant, epigraph) and networking, at least for Haraway (epigraph), is still considered a 'feminist practice' despite its other applications. However, (net)weaving constitutes a subtly different, more radical approach that values 'play' over 'work'; the non-hierarchical, participatory construction of communities of practice over the more utilitarian business model of 'networking', and that foregrounds 'specific positioning, multiple mediation, partial perspective' (Haraway, 'Actors' 21). This is an approach most suited to the ' oppositional cyborgs' in whom Haraway vests much hope for the future in 'A Cyborg Manifesto'. 3 But who are Haraway's ' oppositional cyborgs'? Cyborgs are those beings that span in any number of ways, both literal and metaphorical, the traditional boundary markers of human and machine. Although Haraway recognises the utopianism of her line of argument, her ' oppositional cyborgs' are those that, despite being the product of powerful interests, find a way to critique and challenge that paradigm of control through a ' cyborg consciousness'. The people who Haraway seems to be alluding to through the manifesto are, for example, female maquiladora [assembly plant] workers-she mentions, in particular, the textile industry (171)-who are able to organise and challenge their working conditions. And she is quite specific that such work within 'the homework economy'-a term she borrows from Richard Gordon-is 'being redefined as both literally female and feminized', even if the workers are not always female themselves ('Cyborg Manifesto' 166). But Haraway also notes that this is not just a gendered transformation of the way in which we work: it is simultaneously a racialised one. She goes on to argue that '"women of colour" might be understood as a cyborg identity, a potent subjectivity synthesized from fusions of outsider identities' (174). In 'New Sciences: Cyborg Feminism and the Methodology of the Repressed', an essay written in response to Haraway's original manifesto, Chela Sandoval critiques Haraway for borrowing too heavily from US third world feminism and blurring its specificities such that the statement 'we are cyborgs' ('Cyborg Manifesto' 150) can read, rather unhelpfully, as 'we are women of colour'. She also challenges Haraway for failing to recognise the extent to which she draws on indigenous American motifs and metaphors in her elaboration of cyborg feminism, and the extent to which she posits ' cyborg consciousness' as a novelty: 7 I have conducted discrete interviews, as well as sustained ongoing conversations via a variety of communication channels, with key participants in these websites, as noted in the Works Cited list. In particular, I would like to thank Sebastián Gerlic, Vilma Almendra and Manuel Rozental for their help with my research and for th...

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O Ciborgue Zapatista: tecendo a poética virtual de resistência no Chiapas cibernético

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