Tempo de jejum dos suínos no manejo pré-abate sobre a perda de peso corporal, o peso do conteúdo estomacal e a incidência de úlcera esofágica-gástrica

Costa, O. A. Dalla; Costa, Mateus José Rodrigues Paranhos da; Ludke, Jorge Vítor; Coldebella, Arlei; Kich, Jalusa Deon; Peloso, José Vicente; Faucitano, L.; Roza, Darlan Dalla

doi:10.1590/s0103-84782008000100032

Cited by 6 publications

(9 citation statements)

References 12 publications

Supporting

Mentioning

Contrasting

Unclassified

Order By: Relevance

“…O manejo pré-abate compreende uma série de atividades realizadas como jejum na granja, embarque, transporte (KOHLER; FREITAS, 2005; KEPHART; HARPER; RAINES, 2010), desembarque, alojamento nas baias do frigorífico, descanso (DALLA COSTA et al, 2008;DALLA COSTA et al, 2010) até a insensibilização dos suínos no frigorífico (DALLA COSTA et al, 2006;ARAÚJO, 2009). As atividades que antecedem o abate necessitam de cuidados especiais no intuito de manter os parâmetros fisiológicos em níveis normais com intuito de promover o bem-estar (LI et al, 2008) e podem alterar a qualidade da carcaça e da carne (KOHLER;FREITAS, 2005;MALENA et al, 2007).…”

Section: Manejo Pré-abateunclassified

“…O jejum pré-abate é um procedimento realizado no final da fase de terminação de suínos e perdura até o abate, consiste nos animais não terem acesso a alimentos sólidos, ração, por um determinado período e ter acesso livre à água (ARAÚJO, 2009). Esse manejo não deve apresentar influência negativa principalmente em relação ao bem-estar dos animais durante o período pré-abate, sendo fundamental por contribuir para economia de ração, reduzir o volume de dejetos, a mortalidade no transporte (DALLA COSTA et al, 2008;DALLA COSTA et al, 2010), promover a melhora na segurança alimentar, diminuindo o risco de extravasamento do conteúdo intestinal bem como na proliferação de bactérias patogênicas por meio das fezes, (DALLA COSTA et al, 2008;RITTER et al, 2009), e no estabelecimento do padrão de peso, uniformização e rendimento de carcaças, já que produtores são remunerados por mérito de carcaça e os consumidores almejam qualidade da carne suína (ARAÚJO, 2009).…”

Section: Jejumunclassified

“…Não há consenso em relação à duração do jejum alimentar em suínos. Murray (2000) Com o objetivo de obter maior porcentagem de suínos com menor peso estomacal, Dalla Costa et al (2008) sugerem um período de jejum na granja de 15 horas. Segundo Murray (2000), a perda de peso se torna contínua em uma taxa de 0,12 a 0,20% por hora até o limite de 5% em 24 horas e com perdas na carcaça de 0,06 para 0,14% por hora.…”

Section: Jejumunclassified

“…Segundo Murray (2000), a perda de peso se torna contínua em uma taxa de 0,12 a 0,20% por hora até o limite de 5% em 24 horas e com perdas na carcaça de 0,06 para 0,14% por hora. Períodos superiores a 24 horas proporcionam uma perda na carcaça de aproximadamente 100g/hora, além de atuar como um potente fator estressante (ARAÚJO, 2009), isso pode ser evidente devido a secreção de cortisol se tornar contínua e sustentada, porém as respostas a situações ou agentes estressores adicionais como densidade, transporte, são observadas com menor amplitude, porque existe um limite fisiológico natural (DALLA COSTA et al, 2008). O tempo de jejum pode afetar diretamente a qualidade da carne suína, assim quando não acontece de forma adequada pode interferir nas reservas de glicogênio muscular, resultando em carnes PSE e DFD, resultados de interações entre o genótipo e o ambiente (BRIDI et al, 2003;BERTOLONI et al, 2006).…”

Section: Jejumunclassified

See 3 more Smart Citations

Manejo Pré-Abate, Parâmetros Fisiológicos Do Estresse E Seus Efeitos Na Qualidade Da Carne Suína: Revisão

Pereira

Corassa

Neto

et al. 2017

ArqVet

View full text Add to dashboard Cite

As atividades que antecedem o abate exigem um padrão e ainda algumas mudanças que priorizem em particular o bem-estar do animal. Dessa forma, o bem-estar na espécie suína assume grande importância quando se observa o manejo da granja ao frigorífico correlacionando com a atuação de fatores estressores que implicam em perdas tanto aos produtores quanto à indústria frigorífica. As falhas no manejo pré-abate podem resultar em carcaças com desvios, como carnes carne pálida, flácida e exsudativa (PSE) e carne escura, firme e seca (DFD). Para assegurar o bem-estar e obter carne suína de qualidade é necessário que o manejo pré-abate seja realizado de forma adequada considerando as características comportamentais e fisiológicas dos animais, que se trata do ajuste com o ambiente e com os indivíduos, estabelecendo uma harmonia entre homem e animal. Em função do que foi relatado, objetivou-se revisar os fatores que interferem no manejo pré-abate de suínos e suas influências sobre os indicadores de estresse e qualidade da carne. O manejo pré-abate deve ser estabelecido conforme padrões conhecidos, no entanto, existe a necessidade de rever cada procedimento e estabelecer estudos regionais que envolvam todos os procedimentos, desde o embarque até o período de espera dos suínos na indústria frigorífica.

show abstract

Section: Manejo Pré-abateunclassified

Section: Jejumunclassified

See 2 more Smart Citations

Manejo Pré-Abate, Parâmetros Fisiológicos Do Estresse E Seus Efeitos Na Qualidade Da Carne Suína: Revisão

Pereira

Corassa

Neto

et al. 2017

ArqVet

View full text Add to dashboard Cite

show abstract

“…O jejum pré-abate é de suma importância no ciclo de produção (DALLA COSTA; DALLA COSTA, 2014), sendo que este diminui o volume do conteúdo estomacal, o que reduz a contaminação da carcaça e consequentemente melhora a segurança alimentar. Porém, um tempo de jejum prolongado traz consequências negativas como o aumento da agressividade dos suínos e queda do rendimento da carcaça (DALLA COSTA et al 2008;BISPO et al 2016).…”

Section: Introductionunclassified

Bem Estar De Suínos No Manejo Pré-Abate Em Um Abatedourofrigorífico Do Triângulo Mineiro, Minas Gerais, Brasil

Ribeiro¹,

Mamede²,

Araújo³

et al. 2019

Enci Bio

View full text Add to dashboard Cite

RESUMOO manejo pré-abate realizado incorretamente e que não preconiza o bem-estar dos animais pode gerar como consequência do estresse, carnes do tipo DFD (escura, dura e seca) e PSE (pálida, mole e exsudativa), diminuindo a lucratividade. Objetivou-se com o presente trabalho verificar as condições de manejo pré-abate (chegada e permanência nas áreas de descanso; condução para a sala de abate) de suínos em um abatedouro-frigorífico localizado no Triângulo Mineiro, a fim de constatar as condições em que estes animais foram submetidos. Foram avaliados 30 lotes de suínos machos e fêmeas, totalizando 5.389 animais. Os dados referentes à pesquisa foram coletados, a partir de observação in loco, avaliando-se os seguintes parâmetros: manejo no desembarque, densidade das pocilgas de descanso e disponibilidade de água aos animais, tempo de descanso e conforto térmico, e uso do bastão elétrico, utilizando metodologia descrita no Manual de Abate Humanitário de suínos da Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA). Os dados foram avaliados por meio da estatística descritiva. No desembarque, o bastão elétrico foi usado em todos os lotes avaliados, a densidade nas pocilgas de descanso estava adequada, 96,67% dos lotes tinham disponibilidade de água limpa em quantidade recomendada. Havia apenas sombreamento nas áreas de descanso para conforto térmico dos animais e 72,13% dos animais eram conduzidos com bastão elétrico quando negavam movimentar-se. As condições de manejo pré-abate analisadas revelaram-se satisfatórias, no entanto deve-se reduzir o uso excessivo do bastão elétrico, bem como a adoção de equipamentos de nebulização e ventilação, para menor estresse dos animais. ABSTRACTIncorrect pre-slaughter management without animal welfare can result in stress, DFD (dark, hard and dry) and PSE (pale, soft and exudative) meat, reducing profitability. This study aim is to verify the pre-slaughter management conditions (arrival and permanence in the resting areas; leading to slaughter room) of pigs in a slaughterhouse located in Triângulo Mineiro, in order to verify the conditions that these animals were submitted to. Thirty groups of male and female pigs were evaluated, totaling 5,389 animals. Research data were collected from in loco observation, evaluating the following parameters: landing management, resting pigsties density and water availability to the animals, resting time and thermal comfort, and use of electric pole using the methodology described in Pigs Humanitarian Slaughter Manual of World Animal Protection Society (WSPA). Data were evaluated using descriptive statistics. On landing, electric pole was used in 100% of groups evaluated, density in the resting pigsties was adequate, 96.67% of all groups had clean water available in recommended quantity. There was only shading in rest areas for pigs thermal comfort and 72.13% of the animals were leading with electric pole when they refused to move. The pre-slaughter management conditions analyzed were satisfactory however, the excessive use of electric pole should be reduc...

show abstract

Bem-Estar Animal De Bovinos E Suínos No Abate

Carvalho¹,

Camargo²,

Oliveira³

et al. 2022

SAH

View full text Add to dashboard Cite

As exigências dos mercados internacionais em relação ao bem-estar animal têm aumentado. O termo bem-estar animal recebe diferentes significados perante a sociedade. Desta forma, diversos debates ocorrem dentro da comunidade científica no que se refere a sua designação, sobretudo, em relação aos contextos científicos e produtivos. A mais recente legislação brasileira, a Portaria nº 365, de julho de 2021, aprova o regulamento técnico de manejo pré-abate e abate humanitário e métodos de insensibilização, além de tornar obrigatório programas de autocontrole de bem-estar animal. O processo de bem-estar no abate passa por diferentes áreas, se inicia no transporte dos animais da propriedade até o frigorífico, passa pelo manejo pré-abate, pelas áreas de descanso e instalações até o abate em si. Portanto, o objetivo desta revisão foi abordar os manejos e cuidados necessários nesse processo, descritos na nova legislação e na literatura científica, além de discutir acerca da relação do bem-estar animal com a qualidade da carne. Assim, espera-se fornecer ao leitor uma base para entendimento desta ciência, que é indispensável aos profissionais cujo trabalho está relacionado com a interação homem/animal.

show abstract

Tempo de jejum dos suínos no manejo pré-abate sobre a perda de peso corporal, o peso do conteúdo estomacal e a incidência de úlcera esofágica-gástrica

Cited by 6 publications

References 12 publications

Manejo Pré-Abate, Parâmetros Fisiológicos Do Estresse E Seus Efeitos Na Qualidade Da Carne Suína: Revisão

Manejo Pré-Abate, Parâmetros Fisiológicos Do Estresse E Seus Efeitos Na Qualidade Da Carne Suína: Revisão

Bem Estar De Suínos No Manejo Pré-Abate Em Um Abatedourofrigorífico Do Triângulo Mineiro, Minas Gerais, Brasil

Bem-Estar Animal De Bovinos E Suínos No Abate

Contact Info

Product

Resources

About