Na cultura do feijão, a regeneração in vitro é um processo difícil e tem sido pouco utilizada, em razão da falta de conhecimento sobre controle genético da característica, aliado ao fato de esta leguminosa ser recalcitrante. O objetivo deste trabalho foi realizar um estudo da herança genética da capacidade de regeneração in vitro em populações de feijão obtidas a partir dos genitores Xan 159 e Pérola. As sementes foram levadas ao laboratório de cultura de tecidos, onde foram avaliadas quanto ao potencial de regeneração. Após a obtenção dos dados, foram calculadas as médias e as variâncias, e a partir destas foram estimados os componentes ambiental, genético e fenotípico, a herdabilidade e o número de genes. O genitor Xan 159 apresentou maior média. A interação alélica é não aditiva. O componente ambiental possui uma maior contribuição no fenótipo das sementes avaliadas. O valor encontrado para herdabilidade no sentido amplo foi intermediário. Contudo, pôde-se concluir que há contribuição do fator genético (efeitos aditivos e dominantes) na expressão da capacidade de regeneração in vitro do feijão. O efeito recíproco se mostrou importante para esta característica. A estimativa do número de genes detectou a influência de pelo menos um gene nuclear de efeito maior.