Incidência de perda de prenhez até o 50º dia em éguas quarto de milha

Abstract

Este estudo teve por objetivo avaliar a incidência de perda de prenhez considerando os períodos cronológicos de sua ocorrência, status reprodutivo e diferentes faixas etárias. Durante os anos hípicos de 1998/1999 e 1999/2000 (setembro a janeiro) foram monitoradas as gestações de 445 animais da raça Quarto de Milha, com idades de 3 a 20 anos, compreendendo potras de primeira cobrição, éguas falhadas e éguas paridas. Procedeu-se o diagnóstico de gestação por ultra-sonografia no 11º dia pós-ovulação, repetindo-se os exames aos 20, 30, 40 e 50 dias de prenhez. As éguas foram separadas em grupos de I a IV, correspondentes às perdas de prenhez entre os dias 11 e 20, 21 e 30, 31 e 40, e 41 e 50, respectivamente. O índice total de perdas foi de 8,53% (38/445), sendo de 5,39% (24/445); 1,57% (7/445); 1,12% (5/445) e 0,45% (2/445) para os grupos I, II, III e IV, respectivamente. A única e significativa incidência (P<0,05) ocorreu no grupo I (63,15%; 24/38), indicando que o período entre a segunda e terceira semanas é o mais suscetível à perda precoce de prenhez. Com relação ao status reprodutivo e faixas etárias, não se evidenciaram diferenças significativas (P>0,05) nas perdas.

Manejo e desempenho reprodutivos de éguas mestiças e PO da raça Quarto de Milha em haras localizados no semiárido brasileiro

“…A avaliação mais tardia é praticada considerando dados da literatura que indicam maior susceptibilidade de perda da prenhez equina entre a segunda e terceira semanas de gestação. Em éguas Quarto de Milha, Duarte et al (2002) constataram 0,44% (2/445) de éguas com perda embrionária entre 41 a 50 dias de gestação ao contrário de animais que estavam entre o 11º ao 20º dia de gestação, com perda de 5,39%.…”

“…A partir da utilização da ultrassonografia podem ser realizadas intervenções durante o parto, caso o feto esteja com a estática alterada. Por sua vez, o uso do ultrassom na Research, Society and Development, v. 9, n. 11, e9619118861, 2020 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i11.8861 determinação da gestação na sua fase inicial possibilita a detecção de gestação gemelar, reduzindo consideravelmente a incidência de aborto devido à presença de duas vesículas embrionárias identificadas por essa técnica, bem como auxilia na detecção de problemas associados a morte embrionária (Duarte et al, 2002;Pereira et al, 2014). Nas éguas vazias, a ultrassonografia auxilia no acompanhamento folicular possibilitando determinar com precisão o momento da ovulação (Pierson & Ginther, 1988).…”

“…Em éguas Quarto de Milha ocorre perda embrionária significativa entre 11 a 20 dias de gestação (Duarte et al, 2002), ocasionada por diferentes fatores, dentre eles a idade.…”

Leading causes of pregnancy loss in the equine species: Review

“…Tanto problemas na gestação, quanto a ocorrência de perdas, estão PUBVET v.10, n.12, p.933-945, Dez., 2016 significativamente relacionadas à saúde do trato reprodutivo materno (Guinter et al, 1985). A perda precoce do concepto na espécie equina ocorre entre 5 e 45% das gestações e de forma significativa, vêm afetando a eficiência reprodutiva do rebanho equino (Duarte, Vieira & Silva, 2002). Segundo Brinsko et al (2011), a perdas embrionárias estão relacionadas a problemas de origem materna, fetal e/ou ambiental.…”