Entendendo o acesso à saúde como o conjunto de circunstancias de naturezas diferentes e que possibilita a entrada dos usuários na rede de serviços em seus diversos níveis de complexidade de atendimento. Objetiva-se identificar o acesso da população LGBTQIA+ ao Serviço de Atenção Transciciplinar para pessoas Transgênero. Para tanto utilizou-se uma abordagem qualitativa, descritiva e analítica com amostragem probabilística intencional com entrevista semiestruturada e análise de conteúdo de Birdan. A pesquisa foi realizada no Serviço Ambulatorial Transdisciplinar para Pessoas Transgênero (SERTRANS) instalado no Hospital Mental de Messejana no Município de Fortaleza – CE, no período da coleta de dados foi de junho a julho de 2023. Predominaram no estudo, participantes do Transgênero masculino, correspondendo a onze homens Trans para cinco mulheres trans. Nesse ínterim, observou-se que os profissionais de saúde da atenção primária têm colaboração restrita a efetivação de acesso desses usuários, pois alguns desses profissionais desconhecem o ambulatório SERTRANS, o que dificulta o processo de referenciação de forma espontânea com respeito ao acolhimento e oferta de cuidado, o que permite concluir que alguns usuários preferem recorrer às instituições privadas como primeira opção de acesso aos cuidados de saúde e utilizam o SUS como serviço complementar, impulsionando o processo de judicialização para garantia do acesso. Como fator limitante está a pouca quantidade de profissionais especialistas, sendo o endocrinologista e o fonoaudiologista os mais requisitados pelos usuários que buscam o processo Transexualizador.