2011
DOI: 10.1590/s0103-73312011000400009
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A força-tarefa da psiquiatria do desenvolvimento

Abstract: O presente trabalho é uma análise do vídeo institucional do projeto do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Psiquiatria do Desenvolvimento para a Infância e Adolescência (INPD - Brasil). O objetivo do artigo é ampliar o debate sobre a verdade científica e os métodos de prevenção de doença mental na infância e adolescência, por meio da análise do material midiático de divulgação do projeto. O trabalho para prevenir as doenças mentais e diagnosticar precocemente as psicopatologias já foi iniciado (2010)… Show more

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“…Com essa transformação, as pessoas se tornaram consumidoras, diminuindo a capacidade de buscar autonomia para sua saúde. Illich defende que a medicalização faz parte da cultura popular, à medida que o indivíduo aceita, como natural, o fato de depender de cuidados médicos ao longo da sua vida, submetendo-se às prescrições de especialistas da saúde, permitindo que gerem seus passos e sua vida, domesticando-o, fazendo-o pertencer, ao longo de sua existência, a alcovas específicas e especializadas (Baroni, Vargas, & Caponi, 2010;Lima & Caponi, 2011;Gaudenzi & Ortega, 2012;Zorzanelli et al, 2014;Sanches & Amarante, 2014;Barbiani et al, 2014;Carvalho, Rodrigues, Costa, & Andrade, 2015). Na mesma direção de Illich, Thomas Szasz usa o conceito de medicalização para explicar que a medicina se apropria dos comportamentos transgressivos e desviantes das normas sociais vigentes para tratá-los como transtornos de ordem médica.…”
Section: A Transitividade Do Conceito De Medicalizaçãounclassified
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“…Com essa transformação, as pessoas se tornaram consumidoras, diminuindo a capacidade de buscar autonomia para sua saúde. Illich defende que a medicalização faz parte da cultura popular, à medida que o indivíduo aceita, como natural, o fato de depender de cuidados médicos ao longo da sua vida, submetendo-se às prescrições de especialistas da saúde, permitindo que gerem seus passos e sua vida, domesticando-o, fazendo-o pertencer, ao longo de sua existência, a alcovas específicas e especializadas (Baroni, Vargas, & Caponi, 2010;Lima & Caponi, 2011;Gaudenzi & Ortega, 2012;Zorzanelli et al, 2014;Sanches & Amarante, 2014;Barbiani et al, 2014;Carvalho, Rodrigues, Costa, & Andrade, 2015). Na mesma direção de Illich, Thomas Szasz usa o conceito de medicalização para explicar que a medicina se apropria dos comportamentos transgressivos e desviantes das normas sociais vigentes para tratá-los como transtornos de ordem médica.…”
Section: A Transitividade Do Conceito De Medicalizaçãounclassified
“…A primeira diz respeito a quem interessa medicalizaros processos de ensino, aprendizagem e comportamentos? Alguns autores apontam direções, como já mencionadas no decorrer deste texto: criança como um consumidor potencial de medicamentos, expandindo seu escopo de usuários da indústria do adoecimento; processo de produção com a otimização da atenção, concentração, comportamento no mundo capitalista; instituições que propiciam condições de acesso e garantia de direito, mediante a patologização; controle e disciplina dos corpos para uma sociedade moderna, de ordem e progresso (Lima & Caponi, 2011;Meira, 2012;Palma &Vilaça, 2012;Decotelli et al, 2013;Carvalho et al, 2014;Carvalho et al, 2015;Camargo Jr., 2013;Galindo et al, 2014;Sanches & Amarante, 2014;Figueira & Caliman, 2014).…”
Section: Práticas Não Medicalizantesunclassified
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“…O crescimento no número de crianças encaminhadas para os consultórios médicos por esses motivos tem gerado uma verdadeira 'epidemia de diagnósticos' . Com frequência, as crianças têm sido identifi cadas com TDAH e outros transtornos como dislexia, discalculia, dislalia; transformando as difi culdades no processo de ensino e aprendizagem em transtornos de origem ou de causa orgânica produzindo uma lógica de exclusão que negligencia a complexidade dos fenômenos escolares (MOYSÉS; COLLARES, 1997;LIMA;CAPONI, 2011;SOUZA, 2013;SCARIN;SOUZA, 2020), pois nem sempre fatores de ordem biológica estão, de fato, envolvidos naqueles processos humanos de aprendizagem e sociabilidade escolar (SIGNOR, et al, 2017). Quando o atendimento/tratamento é focado sobre o aluno, acaba-se reduzindo o fenômeno a somente uma parte deste sistema complexo e multifacetado.…”
Section: Introductionunclassified