A práxis da Saúde Mental no âmbito da Estratégia Saúde da Família: contribuições para a construção de um cuidado integrado

Abstract

Este artigo, originado de um estudo quali-quantitativo, buscou analisar as práticas de Saúde Mental na atuação das equipes da Estratégia Saúde da Família de Brazlândia, no Distrito Federal, quanto a seus potenciais e limites para o cuidado integral aos sujeitos em situações de sofrimento mental na atenção primária. Foram realizadas entrevistas com os profissionais da ESF que participaram de capacitação em Saúde Mental. Para análise do material empírico, utilizou-se a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo. Os resultados evidenciaram que a população encontra dificuldade de acesso ao cuidado em Saúde Mental, por não haver uma rede de apoio estruturada. Verificou-se baixa capacidade de resolutividade no âmbito da Saúde da Família, uma vez que as ações desenvolvidas privilegiam consultas ambulatoriais médicas e encaminhamentos para internações, o que evidencia tanto a concepção biomédica ainda hegemônica nas práticas, quanto a desarticulação de uma rede para a garantia do cuidado integral. Esses resultados remetem também ao debate da qualificação das equipes da ESF em saúde mental, de modo que efetivamente reconheçam e usufruam da potencialidade do vínculo estabelecido entre equipe e usuários/famílias.

O processo de trabalho do enfermeiro na promo��o da sa�de mental: an�lise reflexiva

“…É dever dos profissionais que compõem a equipe da ESF conhecer a realidade da população atendida, para que sejam repensados e redimensionados, os processos educativos em relação à saúde mental, com a finalidade de garantir o acesso, acolhimento e vínculo, para se ter uma prática voltada ao cuidado integral, mesmo diante de uma rede de serviços fragilizada territorialmente (12) . Desta forma, a escuta destes profissionais é uma tecnologia leve, de relevância no âmbito da saúde mental, para que o indivíduo expresse os diversos sentimentos que integram sua rotina de vida, e que podem gerar ou agravar o sofrimento mental tanto ao nível individual quanto coletivo.…”

O cuidado aos dependentes químicos: com a palavra profissionais de saúde de centros de atenção psicossocial em álcool e drogas The care for chemically dependent: with words from health professional of centers of psychosocial on alcohol and drugs

“…Worker's residence allows not only an improvement in the quality of care, due to the formation of links between the various professionals who collectively provide the care and the establishment of relationships with users and the community, as well as the improvement of the professional that remains for a long time in their locus work. [23][24][25] This study and other research showed that the requests for assistance to dependent on psychoactive substances at the Center for Psychosocial Care -in alcohol and drug modeis a reality and even when it is not finding infrastructure and sufficient human resources, for various reasons, which prevents construction of a praxis based on bond. 7,18,20 Mental health is a space for the exercise of completeness; in this context the actual health needs user of psychoactive substances and their families are revealed.…”

“…24,25 One way to overcome the feeling of lack of preparation of workers from both Centers for Psychosocial Care -in alcohol and drug mode -is the implementation of continuing educational activities for the multidisciplinary teams from the perspective of actionreflection-action and considering the collective, experiential knowledge, the cycle of life of workers and their workplace as the locus of formation 23,25 .…”

A experiência do cuidado ao usuário em sofrimento psíquico no cotidiano da Equipe de Saúde da Família

“…Mas para isso é importante que o profissional da AB sinta-se seguro em atender pessoas em sofrimento (Chiaverini, 2011). Segundo Arce, et al (2011), o cuidado prestado pela ESF potencializa a prática da integralidade em SM, porém demanda dos profissionais a construção de novas práticas. Para Onocko-Campos et al (2012) Psiquiátrica.…”

“…Como tal, faz-se necessário que, além da articulação entre os profissionais da ESF e da SM, que representa campo vivo de ações e reflexões (Arce et al, 2011), que aqueles tenham capacitações contínuas em SM e lhes seja garantido local de cuidado e de discussão da ampliação da prática profissional (Brasil 2013 As falas, mas também as expressões intensas de emoções, dúvidas e sofrimentos pessoais, evidenciaram a urgência do estabelecimento de espaços legitimados de cuidado para a equipe de saúde da família.…”