“…No entanto, pode-se apontar especificamente os anos de 1970 como marco, onde um amplo movimento de reorientação do fazer e do pensar a ciência da Nutrição e sua prática profissional passou a ganhar ênfase. Nas últimas duas décadas, esse movimento foi especialmente impulsionado por diversos fatores de interesse social e científico, dentre os quais se destacam: a persistência do fenômeno da exclusão social no mundo, que patrocina a fome, a pobreza e a miséria (RIBEIRO, 2010); as recentes mudanças políticas, econômicas, sociais e culturais, que resultam diretamente em transformações nos modos de vida da população e, consequentemente, em suas relações com a comida e o comer (JACOB; CHAVES, 2019); e o crescente interesse pela interface entre alimentação e cultura, seja em uma perspectiva antropológica, seja para compreender, na cotidianidade da vida humana, os impasses com que os indivíduos se deparam frente às suas escolhas alimentares (CONTRERAS; GRACIA, 2011).…”