“…Uma prática pedagógica e um currículo compromissados a apreender as diferenças, portanto, potencializariam a visualização dos jogos de verdade imbricados na construção das identidades que marcam o lugar do eu e do outro, possibilitando um pensar diferente, capaz de fraturar os dispositivos de saber-poder que nos educam, nos transformam, nos marcam, enquanto sujeitos.36 Nestes termos, a educação para e na diversidade se aproximaria da proposta política foucaultiana da estética da existência, em inventar-nos a nós mesmas/ os eticamente, transformar esteticamente, a partir de outra relação com a verdade e com outro, o eu singular, fazendo de nossas próprias vidas uma obra de arte. Logo, a estética da existência só é possível como devir na prática pedagógica quando desconstrói as representações sociais que criam e impõem identidades, provocando as/os partícipes do processo educacional a tornarem-se sujeitos de si mesmos a partir da convivência com o outro(Foucault, 1984; Larrosa, 2010;Marcello e Fischer, 2014).…”