RESUMO: Neste artigo, mais do que discutirmos os feminismos como uma forma de militância política, objetivamos problematizá-los como uma crítica radical às relações assujeitadoras que estabelecemos com as verdades de nosso tempo. Para tanto, discutimos duas obras do artista japonês Yasumasa Morimura, na medida em que encontramos pontos de ressonância entre essas imagens e alguns dos pressupostos do que chamamos êthos crítico feministas em sua capacidade de tensionar, de modo decisivo, aquilo que somos na ordem binária do gênero.
RESUMO Neste artigo, problematizamos os modos pelos quais o conceito de imagem vem sendo debatido, hoje, no seio dos estudos de gênero em educação. Para tanto, metodologicamente, da produção do Grupo de Trabalho (GT) 23 - Gênero, Sexualidade e Educação da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd), de 2003 a 2015, analisamos os trabalhos que elegem a imagem como central, atentando para o modo como eles operam com esse conceito, instituindo-o sob os marcos do que chamamos de uma imagem-saber. Discutimos como a imagem, construída como instrumento que educa nossos corpos, acaba por instituir-se como uma ferramenta decisiva para o debate sobre as pedagogias de gênero e sexualidade, mas, ao mesmo tempo, para a construção e o fortalecimento de uma espécie de mística feminina contemporânea. Por fim, sugerimos, com a ajuda de autores como Didi-Huberman e Butler, outras relações teórico-metodológicas com as imagens, problematizando-as no lugar de onde nos convidam a criar outros modos de viver o gênero e a sexualidade.
RESUMO No presente texto, problematizarei a potência do que chamarei de deslugar do gênero na escola: o gênero como matéria de uma diferença radical que pode, talvez, nos permitir vislumbrar, no campo da educação, um caminho para a construção de resistências mais plurais diante da onto-epistemologia liberal das políticas identitárias contemporâneas. Mais centralmente, e recorrendo às memórias escolares de crianças viadas, desejo mostrar a potência dos corpos abjetos para pensarmos a criação de pontos de conexão que, distante da lógica binária das identidades, nos permitem sugerir uma política interseccional pós-identitária de um feminismo cor de ar.
Hoje, e infelizmente, observamos a expansão e o aprofundamento do fundamentalismo religioso no terreno cultural e político brasileiro, produzindo uma contenda discursiva que fez da educação um campo amplamente conflagrado pelas forças reativas que contestam as conquistas sociais das últimas três décadas. Contudo, e neste jogo do verdadeiro e do falso, o campo da educação vem produzindo uma série de análises sobre os efeitos das redes de saber-poder do fundamentalismo religioso sobre os sentidos de escola, pedagogia, currículo, etc. Assim, e tomando como exemplo o GT 23 - Gênero, Sexualidade e Educação da ANPEd, desejamos, no presente texto, abrir alguns enunciados que nos permitam compreender os sentidos que os discursos do campo de gênero em educação vêm construindo sobre a experiência evangélica contemporânea. .
This article focuses on a possible permeability between feminist experience and evangelical Neo-Pentecostal experience. Through a focus group approach, we problematize the intersection between the pulsating gender pedagogy in prosperity theology and the lines of force of two feminist premises, which was resignified by a neoliberal rationality: gender equality and female empowerment. Therefore, we defend that the sayings of young evangelicals allow us to suggest the existence of a post-feminist heterotopia: spaces, certainly not full of neoliberal gender discourse ruptures, despite of that, still give rise to small cracks that from the very heart of normativity allow these evangelical young women to create other subjective possibilities for themselves.
Inspirado em Berlot Brecht, problematizarei, com o presente texto, o lugar da imagem na construção de uma pedagogia que toma posição, isto é, um processo de aprendizagem pela imagem que nos provoca a criar linhas de resistência às sombras do autoritarismo de nosso tempo. Com efeito, proponho uma análise do filme Bent de Sean Mathias (1997), em dois movimentos metodológicos fundamentais: o lugar das imagens na luta pela memória das dores dos homens do triângulo rosa sob o nazismo e, inseparável disso, o gesto ético que estas imagens nos demandam assumir hoje.
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