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Os desafios políticos e econômicos enfrentados pela indústria da construção civil compeliram as empresas desse setor à busca por aprimoramento gerencial e produtivo visando a adaptação para sobrevivência. Como resposta à tais tensões, identificou-se um movimento de busca por ferramentas administrativas que suportem o processo de acompanhamento de mercado, na leitura da concorrência, na atualização em relação às mudanças de leis e nas flutuações da economia. Ainda, constatou-se que seria imprescindível o uso técnicas de gerenciamento de riscos nos projetos das empresas construção, a fim de ampliar as chances de sucesso no curto, médio e longo prazo. Não obstante, constatou-se que, na prática, quando são realizadas ações de planejamento, mitigação e controle do risco em construtoras, tais processos são incompletos e empíricos, influenciando diretamente em seu desempenho e eficácia, indicando que as ações de planejamento e controle permanecem como pontos oblíquos para muitas construtoras brasileiras, visto que os empresários apresentam certa aversão à um excesso de burocratização interna, muito por desconhecer ferramentas e métodos simplificados de gestão que podem auxiliar ao seu negócio. Tal aversão à processos e procedimentos mais complexos por parte do gestor faz com que ocorram lacunas no estudo do risco em seus projetos. Diante desta dicotomia, questiona-se sobre como ocorre o processo de gerenciamento de riscos em projetos da construção civil da cidade de Volta Redonda – RJ. Metodologicamente, essa pesquisa possui caráter qualitativo, de natureza aplicada, descritiva, estruturada como um estudo de caso de acordo com as propostas de Yin (2015). Para a geração de dados foi aplicado um questionário com 23 respondentes em um universo de 58 empresas, além de sete entrevistas. O tratamento dos dados das entrevistas se deu a partir de análise de conteúdo proposto por Bardin (2011) e contou com o suporte do software IRAMUTEQ. Já os dados do questionário foram tratados com base em estatística descritiva e aplicação da Lógica Paraconsistente de Sanches et al. (2011). Como resultado identificou-se que os participantes da pesquisa demonstraram conhecimento, atenção e prática em relação à gestão de riscos para eventos como segurança/furto, questões climáticas, geográficas e questões financeiras, mas tal atenção não necessariamente resulta em um planejamento formal de ações e proposições de cenários para abordagem ao risco. Compreendeu-se que dentro deste processo as empresas pesquisadas tendem praticar deliberadamente o gerenciamento de riscos de forma empírica e intuitiva, e que nem sempre o construtor tem a percepção de que ele como gestor pode atribuir a gestão de risco a pessoas específicas dentro de sua empresa. Por fim, inferiu-se que o processo de gestão na construção civil sofre prejuízos por falta de recursos financeiros, que o despreparo do construtor a respeito de questões técnicas administrativas são, talvez, o maior risco que suas empresas enfrentam, que o construtor apresenta características de empreendedor por necessidade frente à postura de planejamento e que a absorção e transferência dos riscos são as práticas mais utilizadas pelo universo pesquisado.
Os desafios políticos e econômicos enfrentados pela indústria da construção civil compeliram as empresas desse setor à busca por aprimoramento gerencial e produtivo visando a adaptação para sobrevivência. Como resposta à tais tensões, identificou-se um movimento de busca por ferramentas administrativas que suportem o processo de acompanhamento de mercado, na leitura da concorrência, na atualização em relação às mudanças de leis e nas flutuações da economia. Ainda, constatou-se que seria imprescindível o uso técnicas de gerenciamento de riscos nos projetos das empresas construção, a fim de ampliar as chances de sucesso no curto, médio e longo prazo. Não obstante, constatou-se que, na prática, quando são realizadas ações de planejamento, mitigação e controle do risco em construtoras, tais processos são incompletos e empíricos, influenciando diretamente em seu desempenho e eficácia, indicando que as ações de planejamento e controle permanecem como pontos oblíquos para muitas construtoras brasileiras, visto que os empresários apresentam certa aversão à um excesso de burocratização interna, muito por desconhecer ferramentas e métodos simplificados de gestão que podem auxiliar ao seu negócio. Tal aversão à processos e procedimentos mais complexos por parte do gestor faz com que ocorram lacunas no estudo do risco em seus projetos. Diante desta dicotomia, questiona-se sobre como ocorre o processo de gerenciamento de riscos em projetos da construção civil da cidade de Volta Redonda – RJ. Metodologicamente, essa pesquisa possui caráter qualitativo, de natureza aplicada, descritiva, estruturada como um estudo de caso de acordo com as propostas de Yin (2015). Para a geração de dados foi aplicado um questionário com 23 respondentes em um universo de 58 empresas, além de sete entrevistas. O tratamento dos dados das entrevistas se deu a partir de análise de conteúdo proposto por Bardin (2011) e contou com o suporte do software IRAMUTEQ. Já os dados do questionário foram tratados com base em estatística descritiva e aplicação da Lógica Paraconsistente de Sanches et al. (2011). Como resultado identificou-se que os participantes da pesquisa demonstraram conhecimento, atenção e prática em relação à gestão de riscos para eventos como segurança/furto, questões climáticas, geográficas e questões financeiras, mas tal atenção não necessariamente resulta em um planejamento formal de ações e proposições de cenários para abordagem ao risco. Compreendeu-se que dentro deste processo as empresas pesquisadas tendem praticar deliberadamente o gerenciamento de riscos de forma empírica e intuitiva, e que nem sempre o construtor tem a percepção de que ele como gestor pode atribuir a gestão de risco a pessoas específicas dentro de sua empresa. Por fim, inferiu-se que o processo de gestão na construção civil sofre prejuízos por falta de recursos financeiros, que o despreparo do construtor a respeito de questões técnicas administrativas são, talvez, o maior risco que suas empresas enfrentam, que o construtor apresenta características de empreendedor por necessidade frente à postura de planejamento e que a absorção e transferência dos riscos são as práticas mais utilizadas pelo universo pesquisado.
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