2005
DOI: 10.1590/s0103-65642005000300006
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Ética disciplinar e punições corporais na infância

Abstract: O presente artigo recupera parte das raízes da Punição Corporal Doméstica de Crianças e Adolescentes (PCD) no Brasil, por meio da análise de manuais de educação familiar. A partir da segunda metade do século XX, esses manuais ganham evidência junto ao mercado editorial e constatase, atualmente, a presença de autores que se posicionam favoravelmente a respeito das punições corporais. Essas enunciações discursivas são discutidas à luz de uma teoria crítica da violência familiar contra crianças e adolescentes.

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“…Contudo, parece não perceber que as práticas educativas exercidas por sua mãe, e criticadas por ela, tem se repetido na relação com os filhos, de modo especial com Hortênsio (Falcke e Rosa, 2011). Demonstrou, ainda, que Luízha Asmuz Pereira de Aguiar Pinto, Patrícia Manozzo Colossi é comum o uso de medidas severas como um método para disciplinar, mas que nem sempre a criança compreende a repercussão de seus atos por meio dessa estratégia (Biscegli et al, 2008;Longo, 2005;Marin et al, 2012;Oliveira e Caldana, 2009).…”
Section: Caso 3: Resolução De Conflitos E Violênciaunclassified
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“…Contudo, parece não perceber que as práticas educativas exercidas por sua mãe, e criticadas por ela, tem se repetido na relação com os filhos, de modo especial com Hortênsio (Falcke e Rosa, 2011). Demonstrou, ainda, que Luízha Asmuz Pereira de Aguiar Pinto, Patrícia Manozzo Colossi é comum o uso de medidas severas como um método para disciplinar, mas que nem sempre a criança compreende a repercussão de seus atos por meio dessa estratégia (Biscegli et al, 2008;Longo, 2005;Marin et al, 2012;Oliveira e Caldana, 2009).…”
Section: Caso 3: Resolução De Conflitos E Violênciaunclassified
“…As palmadas são consideradas eficazes por muitas famílias, em vários casos, e por vezes, as mães temem deixar de utilizá--las, pois pensam que perderiam a autoridade sobre o filho (Espíndula et al, 2009). Diferentes autores definem este tipo de estratégia educativa como coercitiva, a partir da qual os pais fazem uso da força como um método para disciplinar (Biscegli et al, 2008;Longo, 2005). Esse tipo de técnica visa controlar a criança por meio de um agente externo, tendo uma intencionalidade punitiva que não a leva, necessariamente, a compreender a repercussão de seus atos.…”
Section: Introductionunclassified
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“…Os ISSN: 1808-4281 ESTUDOS E PESQUISAS EM PSICOLOGIA, UERJ, RJ, ANO 9, N.3, P. 679-694, 2° SEMESTRE DE 2009 http://www.revispsi.uerj.br/v9n3/artigos/pdf/v9n3a09.pdf autores ressaltam que várias pesquisas destacam a influência positiva deste estilo sobre o desenvolvimento de crianças e adolescentes, estando associado à competência social, assertividade e autonomia, dentre outros (CECCONELLO; DE ANTONI; KOLLER, 2003;BEM;WAGNER, 2006). É importante ressaltar que embora consideremos os processos históricos, sociais e culturais que de alguma forma nos permitem compreender o uso de punições corporais como práticas educativas ao longo do tempo, não se pode deixar de considerar que, no contexto atual, como diversos estudos apontam (BEM ;WAGNER, 2006;LONGO, 2005;CECCONELLO, DE ANTONI ;KOLLER, 2003;MINAYO, 2002;GUERRA, 2001) o uso de punições físicas e castigos corporais não é eficaz como estratégia ou prática educativa, e torna-se prejudicial à criança e ao adolescente na medida em que produz conseqüências negativas ao seu desenvolvimento a curto, médio e longo prazo. Neste sentido, o objetivo deste trabalho é trazer elementos para a compreensão do fenômeno da violência física de pais contra seus filhos, através da investigação junto a pais e mães denunciados, sobre sua visão a respeito do que é educar uma criança, as práticas educativas que utilizam, seu papel de pai/mãe e as conseqüências de seus comportamentos sobre o filho.…”
Section: Práticas Educativas E Estilos Parentaisunclassified