ResumoNos últimos anos tem aumentado progressivamente o número de famílias que se tem confrontado com a situação de cuidar de familiares idosos em condição de dependência, principalmente quando esta é provocada em virtude da Doença de Alzheimer (DA). O objetivo deste estudo é o de investigar as repercussões do cuidado na vida do cuidador familiar de idoso com demência de Alzheimer. Através da epistemologia qualitativa utilizou-se a técnica da entrevista na modalidade de história de vida temática aplicada a vinte cuidadores de idosos cadastrados na Associação Brasileira de Alzheimer do estado do Amazonas (ABRAZ-AM). Os resultados mostraram que as renúncias aparecem nos depoimentos dos familiares como uma repercussão significativa do cuidado. A privação social em função do cuidado é uma realidade presente na vida dos cuidadores deste estudo. A raiva, a impaciência, o medo, a solidão e a vergonha são sentimentos vivenciados pelos cuidadores em seu cotidiano, que se alternam com sentimentos de satisfação, felicidade, compaixão e de retribuição. É importante salientar que neste estudo, a situação de cuidado vivenciada pelos cuidadores é permeada por sentimentos que se contrapõem, em determinados momentos se configurando como desagradáveis e em outros momentos como agradáveis. Sendo assim, percebe-se que é possível e relevante os profissionais da saúde identificarem esses aspectos favorecedores de prazer na relação de cuidado, buscando exaltá-los perante os outros. Dessa forma, a possibilidade de enfrentar da melhor forma os percalços deve ser considerada uma realidade eminentemente presente no cotidiano de cuidado.
As políticas públicas brasileiras em saúde mental incentivam, atualmente, a criação de serviços extra-hospitalares e, como resultado, o papel da família, especialmente da mulher, no cuidado informal ao portador de sofrimento mental ganha a cada dia maior relevância. Embora considerada como fundamental na prestação de cuidados no meio familiar, a mulher também adoece e torna-se, deste modo, alvo de cuidados das equipes de saúde mental. A partir dessa consideração, este artigo apresenta uma revisão sobre a condição da mulher que recebe e provê cuidados em saúde mental. O artigo aborda, inicialmente, estudos que discutem a relação entre mulher e loucura, partindo de registros da Idade Antiga até estudos referentes ao início do Século XX no Brasil. Em seguida, enfoca a mulher enquanto principal prestadora de cuidados informais, em âmbito doméstico, ao portador de sofrimento mental, a partir de estudos que tratam do impacto dessa função na vida familiar. Por fim, destaca literatura sobre as necessidades específicas da mulher que demanda cuidados em saúde mental, notadamente aquela que tem filhos menores, dependentes de cuidado. Reconhecer as especificidades da condição da mulher pode auxiliar no desenvolvimento de novas formas de cuidar, que envolvam a família não apenas como fonte de informações sobre a paciente, mas como grupo que também necessita da intervenção profissional. Mulheres com filhos pequenos e diagnosticadas com transtorno mental severo demandam suporte profissional, especialmente se houver indicação de internação ou necessidade de cuidado contínuo.
Investiga-se o sofrimento psíquico em familiares de usuários de um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) do interior paulista. Participaram do estudo nove familiares identificados como cuidadores desses usuários, em sua maioria do sexo feminino, com idades entre 60-76 anos e pertencentes às camadas populares. Utilizou-se um roteiro de entrevista semi-estruturada, abordando o relato livre da história de vida do cuidador, o sentido atribuído ao cuidar e o impacto da doença mental no cotidiano dos entrevistados e familiares. A análise temática das entrevistas permitiu a identificação de sofrimento psíquico (nervoso e depressão) em familiares, inclusive cuidadores, e realização de tratamento psiquiátrico com uso de ansiolíticos. A presença de sofrimento mental em familiares, além do usuário, pode implicar mais sobrecarga para o cuidador, em virtude do acúmulo de tarefas, e indica necessidade de atenção e intervenção junto às famílias por parte das equipes de saúde.
Face ao grande conjunto de dúvidas e inseguranças evidenciadas pelos adultos quando se deparam com a tarefa de educar as gerações mais novas, propôs-se este estudo contribuir para o aprofundamento da análise do processo de alteração das concepções que norteiam as atitudes assumidas pelos socializadores, ao longo deste século no Brasil, ai incluidos os fatores a ela associados bem como as orientações que costumam procurar. Dados de três pesquisas são analisados, e eles têm por base o relato oral e/ou a informação veiculada pela imprensa escrita.Os resultados mostram o surgimento e a busca do Conhecimento Cientifico a partir da década de 50, que se faz acompanhar de alterações profundas nas formas de criar e educar crianças na familia e permitem que se levante explicações para o faro de, na sociedade brasileira contemporânea, os pais terem tantas dúvidas quanto à melhor maneira de educar sua prole.
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