Análise ergonômica do trabalho e o reconhecimento científico do conhecimento gerado

Abstract

Este texto contextualiza na Análise Ergonômica do Trabalho (AET) as preocupações de pesquisadores da área de ergonomia sobre o reconhecimento científico dos métodos de pesquisa sobre o trabalho. Com base nessas preocupações e numa revisão sobre as características da pesquisa-ação é feita uma análise teórica da simbiose entre esse método de pesquisa e a AET, e como isto contribui para que os conhecimentos gerados na AET possam ter seu reconhecimento científico facilitado junto aos pares das áreas de conhecimento em que a ergonomia permeia.

Condições de Trabalho e Saúde de trabalhadores em um restaurante universitário

“…O objetivo da ergonomia é observar e entender de forma mais ampla possível, por meio da análise das situações reais de trabalho, os comportamentos e seus significados para então transformar o trabalho e apreender da situação como o homem efetivamente se comporta para desempenhar a atividade (Guérin, Laville, Daniellou, Duraffourg, & Kerguelen, 2001). A atividade de trabalho tem resultados sobre as pessoas, sua saúde e integridade física, e sobre a produção, podendo ser avaliada a qualidade dos produtos e da produtividade do trabalho (Pizo & Menegon, 2010). Segundo Falzon (2007), a ergonomia refere-se a uma transformação não apenas das situações de trabalho, mas também dos dispositivos, por meio da construção de conhecimentos do ser humano em atividade.…”

Design E Ergonomia: Bases De Identificação De Demandas

“…Após a revolução industrial iniciou-se uma reflexão epistemológica onde o debate com a ergonomia se tornaram comuns, bem como a outras disciplinas que tratam do ser humano (Pizo;Menegon, 2010) na sua relação com o trabalho.…”

Projeto ergonômico do trabalho e inovação na dinâmica virtual-atual: uma contribuição teórico-conceitual

“…Uma nova visão da geração de conhecimento em engenharia (PESCHL, 2006;PIZO;MENEGON, 2010). O projeto tradicional buscava, geralmente, circunscrever as margens de regulação (GUÉRIN et al, 2001), de adaptação e de autonomia (SCHWARTZ, 1996), ao priorizar as normatizações e fixações objetivas, e detalhadas, dos modos de conduzir a situação dinâmica (HOC, 2004), em cada momento, via padronização de modos operatórios e condutas dos operadores, em contraponto à complexidade do trabalho real (VASCONCELOS et al, 2008).…”