Nas disciplinas que envolvem o fazer projetual em cursos de graduação tais como: design, engenharia e arquitetura, há uma constante preocupação do aluno em relação às atividades que envolvem criatividade e inovação. Isso se deve em parte à crença originada do senso comum de que há algumas pessoas que são gênios e outras, simplesmente não são e nunca alcançarão um nível de excelência satisfatório. Essa crença generalizada acaba por prejudicar o desempenho de estudantes nas disciplinas em que é necessário que o aluno se coloque como protagonista na construção de seu conhecimento, assumindo riscos e aventurando-se.
Mas, além disso, corroboram para este estado de coisas os métodos tradicionais de ensino a que os alunos são submetidos desde a pré-escola até o ensino médio que não os preparam para estes tipos de desafios, uma vez que são formados para receber os conteúdos e não para discuti-los e problematizá-los contextualizando-os na realidade.
Porém, o cerne destas profissões é o ato de projetar, está é a finalidade de sua formação. Quer sejam sistemas, produtos, veículos, vestuário ou calçados, se pretende que haja inovação, pois hoje, mais do que nunca é preciso rever conceitos de produção e consumo, face as questões relativas à desigualdade social, sustentabilidade, inclusão, entre outros que são assuntos que requerem novas visões de mundo.
Refletindo sobre essa problemática experimentamos na disciplina de Design de Acessórios de Têxtil e Moda da graduação em Têxtil e Moda a utilização da metodologia ativa centrada no Aprendizado Baseado em Projeto. O resultado mostrou-se muito satisfatório gerando 4 (quatro) patentes de produto desenvolvidos em conjunto com um grupo de alunas do curso.