“…A geopolítica crítica (critical geopolitics) foi desenvolvida, sobretudo, no contexto da geografia anglófona, e conta com uma crescente presença no mundo acadêmico brasileiro e latino-americano (cf. CONORADO, 2010;CONTINI, 2009;CAIRO, 2008;ARAVENA, 2007;CRUZAT, 2007;GALLARDO, 2007). A ideia inicial dos pioneiros dessa vertente era fazer, em primeiro lugar, uma profunda crítica a várias tradições do pensamento geopolítico e, em segundo lugar, uma reconceitualização da geopolítica como discursos poderosos que contribuem para a construção de (novas) ordens mundiais (entre os autores-chave: Ó TUATHAIL; AGNEW, 1992; Ó TUATHAIL, 1996; Ó TUATHAIL; DALBY, 1998; DODDS; SIDAWAY, 1994, fornecem uma visão geral sobre o surgimento dessa vertente crítica, enquanto que DALBY, 2008;SHARP, 2009;DODDS et al, 2013, contribuem para uma discussão sobre os problemas, os desenvolvimentos recentes e a atualidade da geopolítica crítica).…”