“…Essa retórica legitimadora em torno da escola insere o Brasil, claramente, no conjunto de preocupações que marcaram o século 19 Ocidental, especialmente no que diz respeito, à afirmação do poder do Estado e a produção da nacionalidade (ANDERSON, 2008;HOBSBAWM, 1996HOBSBAWM, , 2009. Dentro desse contexto, no Império, ganhou corpo o discurso sobre a necessidade de instruir o povo, buscando-se pela instrução a construção da Nação (GOUVÊA, 2004b), movimento que permite, de novo, situar o país no mesmo caldo de discussões e iniciativas educacionais que se faziam na Europa, em países como França (OZOUF, 1971), Itália (CIVES, 2000) e Alemanha (HOBSBAWM, 1984), evidenciando, porém, ao contrário do afirmado por Antonio Chizzotti (1975), que por aqui as ideias não estavam fora do lugar, mas, antes, vinham sendo postas em circulação, mobilizadas e adaptadas às especificidades locais (CARVALHO, 2012).…”