“…1 Não surpreendentemente, os eventos da UnB geraram acalorados debates no âmbito da sociedade civil, com posicionamentos desde apoios explícitos, oriundos do movimento negro e de setores da academia (Carneiro, 2004a(Carneiro, , 2004bCarvalho, 2004;Diniz;Medeiros, 2004;Féres Júnior, 2004;Segato, 2004) 2 até críticas veementes. Nesse caso, o vestibular da UnB chegou a ser rotulado de "tribunal das raças" (Folha de São Paulo, 2004 Brasília com práticas tipológicas de identificação racial que foram comuns no passado no âmbito da antropologia física e da medicina legal, e que são vistas de forma crítica pelas ciências sociais contemporâneas (Fry, 2004;Góes, 2004;Grin, 2004a;Pires, 2004;Ribeiro, 2004;Maio, 2004aMaio, , 2004c. Um ministro do Supremo Tribunal Federal criticou a decisão da UnB declarando que "se alguém se declara negro é porque negro é… Vamos parar de imaginar que todos são salafrários".…”