“…Os dados apontam para o fato de que o camponês é representado na atualidade pelos estudantes da UFRRJ como um excluído das formas de produção econômicas vigentes no campo -fato exemplificado na atuação política de suas entidades classistas no Brasil (o Movimento dos Sem-Terra e a Via Campesina, por exemplo), que possuem projetos institucionais de resgate em seus integrantes da identidade camponesa (Felício, 2006b) -fato que reforça a noção de que os termos que definem uma agricultura camponesa têm de ser discutidos não baseados em uma economia de mercado, como normalmente é feito, mas buscando-se sua definição tomando por base características específicas no interior dessas unidades, algo que se situa mais na esfera da autonomia da produção do que na dependência da circulação (Schneider, 2003;Silva, 1999;Velteimeyer, 1997). Unidades que se diferenciam, no tempo e no espaço, de leis gerais de relações de produção determinantes ou globais, muitas vezes como produtos antitéticos do desenvolvimento geral da sociedade (Oliveira, 2001).…”