O presente artigo tem como propósito o estudo dos desafios de adaptação dos colonos que migraram para a Amazônia por ocasião da construção da rodovia Transamazônica (BR-230), na década de 1970, durante o governo do General-Presidente, Emílio Garrastazu Médici. Entre sonhos e frustações esse projeto mudou a vida de famílias que vieram em busca de uma situação melhor, da conquista de uma terra para plantar e de uma casa para morar às margens da rodovia em construção. Nessa perspectiva, este estudo terá como foco a agrovila Carlos Pena Filho, implantada no traçado da Transamazônica na década de 1970, mais precisamente nas proximidades do que hoje é a cidade de Brasil Novo, no sudoeste paraense. Delimita-se para este estudo os desafios vivenciados pelos colonos migrantes da referida agrovila quanto a infraestrutura, moradia e educação. Para sua consecução, foram feitas entrevistas com moradores da agrovila Carlos Pena Filho e conversas com moradores de outras localidades da Transamazônica, com o subsídio de fontes bibliográficas e documentais que se remetem ao evento histórico, com vistas a proporcionar uma discussão de forma a dialogar sobre as questões expostas pelos colonos.