“…Em primeiro lugar, entendemos que a protegem porque é através dela que garantem os seus proventos e a subsistência familiar. Em segundo lugar, devido à inadequada mediação estatal característica dos países periféricos (MACÉ, 1999), agravadas no Brasil devido à existência de um etos clientelista e oligárquico (MARTINS, 1994), os policiais podem lançar mão da autoridade e do poder institucional para se protegerem, inclusive fisicamente. Por fim, em termos propriamente simbólicos, defendem-se do sofrimento ético-político, que Sociologias, Porto Alegre, ano 6, nº 12, jul/dez 2004, p. 304-327 [...] retrata a vivência cotidiana das questões sociais dominantes em cada época histórica, especialmente da que surge da situação social de ser tratado como inferior, subalterno, sem valor, apêndice inútil da sociedade (SAWAIA, 1999, p. 104).…”